Expectativa sobre a PEC da Transição marca a semana

Expectativa sobre a PEC da Transição marca a semana

Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil, afirmou que seu partido apoiará a medida

Taline Oppitz

Ciro Nogueira afirmou que PEC deve garantir estabilidade no primeiro ano do novo governo

publicidade

A terceira semana após a eleição de Lula (PT) como futuro presidente do país começa com a expectativa em torno do desfecho da chamada PEC da Transição. Neste domingo, em nota, o ministro-chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira (PP), que coordena a transição pela atual gestão, afirmou que seu partido apoiará a aprovação da PEC em plenário, mas fez exigências. Nogueira comanda o PP nacionalmente.

Segundo o ministro, a adesão se refere apenas às propostas de manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 para famílias em situação de vulnerabilidade, e de reajuste real do salário mínimo. O movimento é uma resposta a articulações para incluir outros itens no texto. “Todos os outros temas da agenda do governo Lula merecem ser, primeiro, conhecidos, assim como sua política econômica. E, depois, discutidos com a legitimidade do novo Congresso Nacional”, diz trecho da nota.

Na última semana, após forte reação do mercado, o futuro governo recuou para permitir mais tempo de discussões em torno da PEC. A presidente nacional do PT e coordenadora da área política da transição, Gleisi Hoffmann, veio inclusive a púbico em uma tentativa de acalmar o mercado.

Enquanto isto, Lula segue realizando movimentos institucionais junto aos poderes e se prepara para participar, no Egito, da conferência do clima das Nações Unidas COP27. O petista realizou checkup no sábado e, segundo o boletim médico, os exames “seguem mostrando completa remissão do tumor diagnosticado em 2011”. Lula embarca nesta segunda-feira para o Egito. Paralelamente, o grupo da transição assume o espaço deixado pela reclusão de Bolsonaro desde que perdeu a eleição.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895