Federações partidárias: de solução a incógnita na eleição

Federações partidárias: de solução a incógnita na eleição

O principal desafio desse novo mecanismo é que a união nacional respingará nas articulações regionais

Mauren Xavier (Interina)

O STF está discutindo a liminar do ministro Luís Roberto Barroso que autoriza as federações partidárias

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As federações partidárias nasceram, no ano passado, para ser uma solução aos partidos, em especial os pequenos, que não conseguiriam superar a cláusula de desempenho. Assim, as siglas poderiam atuar de forma unificada em todo o país, como um teste para eventual fusão ou incorporação. Porém, acabaram por se tornar uma grande incógnita na eleição deste ano. Isso porque na prática as federações buscavam auxiliar os chamados "nanicos", que, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, poderiam perder ainda mais espaço e até serem extintos.

Porém, na prática, até agora, a discussão está envolvendo também siglas tradicionais, como PSDB, MDB e o PT. Como resultado, nos bastidores, as articulações têm sido intensas, uma vez que não se trata apenas de uma aliança pontual, mas nacional e que tem prazo de duração, no mínimo quatro anos. O principal desafio desse novo mecanismo é que a união nacional respingará e impactará nas articulações estaduais e regionais. E conseguir chegar a um equilíbrio nesse ponto não é nada fácil. Um exemplo foi o pedido do PT para que o prazo para as uniões sejam adiadas para a metade do ano, permitindo o avanço das discussões.

Enquanto os partidos conversam, o Supremo Tribunal Federal (STF) discute a liminar do ministro Luís Roberto Barroso que autoriza as federações partidárias. 


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