Indefinições e reforços na disputa à presidência da República

Indefinições e reforços na disputa à presidência da República

Sem a concretização de uma terceira via, polarização se acentua

Taline Oppitz

O PSDB, com os imbróglios entre Leite e Dória, tem o quadro mais emblemático do mapa eleitoral nacional

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O cenário da sucessão presidencial segue consideravelmente indefinido, com as pré-candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL), e de Lula (PT), impondo cada vez mais a polarização. Enquanto isto, ala de partidos tenta construir alternativa que consiga se viabilizar como uma terceira via, por ora, sem sucesso. Talvez o quadro mais emblemático da complexidade do mapa eleitoral nacional seja o do PSDB. O partido lançou o governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato após a vitória nas prévias. Eduardo Leite, que renunciou ao governo gaúcho na última semana, no entanto, segue realizando movimentos externos junto a partidos considerados aliados em potencial.

Nesta quarta-feira será realizada reunião com a participação de lideranças do PSDB e do Cidadania, que formaram uma Federação. No tabuleiro envolvendo as eleições proporcionais, o partido de Bolsonaro saiu na frente após o fim do prazo da janela partidária, em que deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de partido sem o risco da perda dos mandatos.

O PL conta atualmente com a maior bancada da Câmara dos Deputados, integrada por 73 deputados federais, mais do que o dobro de representantes considerando a época da posse. Foram 42 ingressos no PL. O segundo no ranking é o PT, com 56 parlamentares, representando dois reforços na bancada. O PDT, do pré-candidato ao Planalto, Ciro Gomes, foi o que mais perdeu cadeiras em função da janela partidária. Foram sete baixas, deixando o partido com 21 deputados federais. A bancada gaúcha em Brasília conta agora com seis parlamentares do PL.


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