Mais de 20 anos depois, novela do Regime de Recuperação Fiscal continua no RS

Mais de 20 anos depois, novela do Regime de Recuperação Fiscal continua no RS

Secretaria da Fazenda afirma necessidade de readequação no programa

Taline Oppitz

Governador Eduardo Leite falou sobre o assunto durante o Tá na Mesa, na Federasul

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A novela envolvendo a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal, que se arrastou por mais de sete anos, ganhará novos capítulos. A homologação da adesão foi feita pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro, em junho de 2022. Menos de um ano depois do desfecho tão esperado pelo governo gaúcho, o gato subiu no telhado. As dúvidas que já vinham sendo mencionadas publicamente foram reforçadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) durante sua participação no Tá na Mesa da Federasul, nessa quarta-feira

A justificativa é a de que as negociações e a adesão ao regime ocorreram em momentos distintos. Antes, por exemplo, das reduções de índices do ICMS aprovadas pelo Congresso em 2021. “Inevitavelmente, a União terá que abrir espaço para a repactuação do regime, porque ela mesma deu causa. Aderimos porque este era o melhor caminho, e o único propósito sempre foi o de pagar”, disse.

Peça chave no processo de adesão do Rio Grande do Sul, a atual secretária estadual da Fazenda, Pricilla Santana, em fevereiro, já reconheceu que haveria a necessidade de adequações. Na ocasião, ela não escondeu certa frustração em ter que debater o tema novamente. Guardadas as devidas proporções, o episódio lembra a primeira negociação da dívida do Estado com a União, em 1998, pelo então governo Britto. As justificativas de que o cenário era distinto na época, em função das críticas, naquele caso, ocorreram muito tempo depois da renegociação. 


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