Novos integrantes da transição são indicativos do governo Lula

Novos integrantes da transição são indicativos do governo Lula

Alckmin apresentou nesta terça-feira oito nomes que devem integrar as áreas social e econômica. Tebet é um deles

Taline Oppitz

Discussões sobre a PEC da Transição acabaram adiadas

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O desfecho envolvendo a PEC da Transição, cuja minuta deveria ser apresentada nesta terça-feira, acabou adiado em função dos detalhes complexos que envolvem o texto. Um passo importante, no entanto, foi dado com o anúncio do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), dos integrantes de duas áreas estratégicas não apenas da transição, mas do futuro governo: a social e a econômica. Alckmin confirmou Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão como integrantes do setor de Assistência Social. Para a área econômica, foram anunciados André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Pérsio Arida. Este último, representa maior aceno aos mercados.

Segundo Alckmin, os economistas não têm visões opostas, mas “complementares”. Os dois pilares, social e econômico, são importantes não apenas na transição e no futuro governo, mas também para a PEC que está em formatação visando viabilizar o furo no Teto de Gastos para viabilizar promessas feitas na campanha de Lula e a manutenção de ações sociais fundamentais, como o pagamento de Auxílio Brasil de R$ 600,00. Os escolhidos para integrarem a transição nestes setores, em particular, já são um indicativo do que virá pela frente na composição do Ministério de Lula a partir de 1º de janeiro de 2023.

Em tempo: Alckmin é o coordenador-geral da transição, mas o comando das articulações políticas do grupo está nas mãos da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Aliada de primeira hora de Lula e uma de suas mais fiéis escudeiras, Gleisi não poderia ser deixada de fora da cúpula da transição, mas seu perfil, muitas vezes explosivo, e suas manifestações e reações nas redes sociais, podem acabar embaralhando o meio de campo. 


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