Operação policial chega à família de Jair Bolsonaro
Ação envolve desdobramento da investigação sobre suposta espionagem ilegal na Abin
publicidade
A Operação da Polícia Federal desencadeada na manhã de ontem, ainda fruto da ação iniciada na semana passada envolvendo a suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), chegou à família do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O alvo foi o filho do ex-presidente e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, e ocorre dias após a ação que teve como alvo o deputado federal Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin na gestão de Bolsonaro. E uma das ações de busca e apreensão acabou na casa
em Angra dos Reis, litoral carioca, onde Bolsonaro e seus três filhos
(Flávio, Eduardo e Carlos) estavam presentes. O lugar foi o mesmo
que na noite de domingo os quatro fizeram uma live criticando a operação relacionada à Abin. No momento, Carlos Bolsonaro foi convidado a depor, o que até o fechamento da edição não tinha ocorrido.
Segundo a PF, a ação busca atingir o “grupo político” relacionado à
Abin. Pelas informações, uma série de equipamentos, entre celulares
e computadores, foram apreendidos e passarão pela análise. Fato é
que os desdobramentos são esperados e acentuam ainda mais a pressão sobre Bolsonaro.
Veja Também
- Governo Lula ironiza família Bolsonaro por operação da PF com “meme” “toc, toc, toc”
- Jair Bolsonaro nega que Carlos tenha pedido informações para Abin e fala em “perseguição”
Em tempo 1: receberam críticas as publicações nas contas oficiais do governo federal nas redes sociais dando “indireta” às ações da Polícia Federal. A peça publicada era sobre a campanha da dengue e trazia o “Toc, toc, toc”. Em resposta, o ministro Paulo Pimenta chamou de “especulação e tentativa de tirar o foco do que é central e relevante neste momento”. Fato é que serve de artilharia aos bolsonaristas.
Em tempo 2: é fundamental compreender as dimensões da suposta atuação da “Abin paralela”.
Em tempo 3: é preciso repensar como coibir desvios de funções, especialmente quando envolve informações pessoais e investigações irregulares