Planalto segue refém do Congresso Nacional

Com dificuldades explícitas nas relações com o Congresso, o Planalto resolveu intensificar suas negociações. Na tarde de sexta-feira, o presidente Lula (PT) se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), um dos protagonistas das derrotas impostas ao governo na Casa. Lira pediu a redução do envio de Medidas Provisórias e endossou o deputado Celso Sabino (União-PA), cotado para assumir o Ministério do Turismo.

Pela manhã, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que “o governo está aberto à interlocução com o Congresso, com os atores políticos, prefeitos e governadores”. A forma, sem meias palavras, foi escancarada pelo próprio Padilha. Agilizando as nomeações de cerca de 400 indicados por parlamentares. Padilha destacou ainda a formação de força-tarefa permanente para, na prática, realizar as vontades de dirigentes partidários e parlamentares. O movimento inclui ainda levantamento semanal dos parlamentares atendidos pelos ministérios. Ou seja, sem o apoio necessário, o Planalto seguirá refém do Congresso.