Polêmica do 'voto auditável' está longe do fim

Polêmica do 'voto auditável' está longe do fim

A pedido do relator, presidente da comissão especial encerrou os trabalhos sem a votação do parecer

Mauren Xavier (Interina)

Encerramento da sessão gerou protestos de parlamentares da oposição

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A aguardada votação do parecer da PEC 135/2019, que trata do voto impresso ou ‘voto auditável’ na Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira, foi uma prova de que a polêmica em torno do assunto está longe de acabar. Sem votos suficientes para ver o parecer favorável avançar, os governistas tentaram adiar a votação via regimento. Como não conseguiram, o presidente da comissão, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou os trabalhos, apesar dos protestos de outros deputados da comissão, em especial da oposição.

Assim, o debate acabará por ser retomado após o recesso em agosto, diminuindo ainda mais o tempo viável para que uma possível modificação se viabilize. Basta recordar que, para valer na eleição de 2022, as modificações devem ser aprovadas no Congresso até outubro, um ano antes do prazo. Porém, assim como se viu na reunião de ontem, a votação, favorável ou contrária, não encerrará a discussão. Os apoiadores do projeto mostraram que não vão deixar o assunto se encerrar. Do mesmo jeito, os partidos que são contrários ao texto, pretendem manter a vigilância de perto e evitar alguma manobra. Enquanto isso, o cabo de guerra segue.

Em tempo: o debate foi turbinado, em especial, nas últimas semanas com as manifestações do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores. Uma das estratégias foi a de adotar a narrativa do “voto auditável”, como se a votação na urna eletrônica não o fosse, discurso repudiado pela Justiça Eleitoral. 


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