Por que é importante reduzir os temporários na educação

Por que é importante reduzir os temporários na educação

Categoria ultrapassou o número de efetivos na Secretaria Estadual de Educação

Mauren Xavier

Urgência para garantir a presença do professor em sala de aula justifica uma contratação rápida

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Muitas vezes contra dados não há discussão. Porém, neste caso, são eles que exigem o debate. Levantamento realizado pela repórter Flávia Simões junto ao painel do governo do Estado mostra que o número de professores e servidores com contrato temporário é maior do que aqueles efetivos. Segue aquela lógica que está presente nas nossas casas, o que era para ser temporário, torna-se permanente. Neste caso, a urgência para garantir a presença do professor em sala de aula (argumento válido) justifica uma contratação mais rápida.

Porém, o que deveria ser a exceção mostrou-se, ao longo dos anos, uma prática comum. E não sou que estou dizendo isso, mas os dados. E por que é tão urgente que o governo mude essa realidade? Quando se pensa em uma rede forte de educação, logo, pensa-se em um corpo docente presente e inserido na realidade daquela escola (e aqui quem fala é uma ex-aluna da rede pública estadual) e que tenha os mesmos benefícios, porque as obrigações já são as mesmas. O transitório, como a palavra mesmo diz, serve para cobrir possíveis ausências, um afastamento, por exemplo.

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Mas na prática não é isso que ocorre quando os temporários são numerosos. Além disso, aumentar o número de concursados é uma forma de valorizar a categoria de forma geral. Afinal, as perspectivas indicam que o déficit de professores seguirá crescendo e é necessário torná-la atrativo. E não é possível pensar em um Estado com amplo desenvolvimento social e econômico sem educação. Ao fortalecer a rede de professores, assim como outras ações, como melhorias na infraestrutura, o Estado fortalece os que estão na linha de frente do atendimento àqueles que serão o futuro (me perdoem o trocadilho, mas ele se faz necessário).


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