Reforma Tributária sai este ano ou fica no papel, diz Rigotto

Reforma Tributária sai este ano ou fica no papel, diz Rigotto

Envolto na discussão do projeto, ex-governador afirmou o cenário para aprovação é complexo

Taline Oppitz

Ex-governador, Rigotto está envolvido nas discussões da Reforma Tributária

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O ex-governador Germano Rigotto, que participa frequentemente de reuniões em Brasília envolvendo reformas, especialmente a tributária, está preocupado com o clima em Brasília. “Caso a reforma não seja aprovada neste primeiro ano do governo Lula, não será mais. Foi assim na gestão do Fernando Henrique Cardoso e nas administrações anteriores do próprio Lula’, disse Rigotto, em entrevista ao programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba.

Após participar de reunião nessa segunda-feira, sobre a reforma, na qual o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou que o Planalto ainda não conta com o apoio suficiente para a aprovação do texto em plenário, o cenário ficou ainda mais complexo. Segundo o ex-governador, já há em curso mobilizações de alas do agronegócio, do setor de serviços e de prefeitos contra a aprovação da chamada PEC 45. “Entre as resistências, estão as de prefeitos de capitais, entre eles Sebastião Melo, meu colega de partido. Se aprovada, a reforma terá um período de transição e não haverá perdas para os municípios”, disse Rigotto.

Melo, no entanto, pensa de forma distinta. Em recente entrevista ao Esfera Pública deixou claro que não está satisfeito com os rumos das discussões. Fez o mesmo nessa terça-feira durante encontro do Menu POA, na Associação Comercial de Porto Alegre. Nesta quinta-feira, às 9h30min, o tema será debatido por Melo, Rigotto, o secretário da Fazenda da Capital, Rodrigo Fantinel e a procuradora Cristiane Nery. A discussão se dará no âmbito da primeira reunião da Frente Parlamentar da Reforma Tributária da Câmara de Porto Alegre. O grupo foi criado para analisar em detalhes o impacto da proposta que tramita no Congresso Nacional nas contas e na prestação de serviços da Capital. 


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