Revés no MDB gaúcho, que, sob pressão, deve apoiar Leite

Revés no MDB gaúcho, que, sob pressão, deve apoiar Leite

Partido vive impasse sobre qual o caminho deverá adotar na corrida ao Piratini

Taline Oppitz

Baleia Rossi, presidente nacional do partido, em encontro no RS

publicidade

Nenhum anúncio oficial foi feito pelo presidente nacional do MDB em sua manifestação em meio a sucessão de reuniões com líderes do partido no Rio Grande do Sul. A fala de Baleia Rossi, no entanto, foi bem mais do que simbólica e representa um indicativo do que está por vir nos próximos capítulos da novela envolvendo o MDB gaúcho.

Baleia citou que a executiva estadual do MDB aprovou, praticamente por unanimidade, indicativo  para o diálogo com o PSDB e a construção do “Centro Democrático”. Os votos contrários foram do deputado federal Osmar Terra e da deputada estadual Patrícia Alba. E que a reunião representou muito avanço. De fato. Para quem vinha sustentando com unhas e dentes o protagonismo na disputa ao Piratini, a executiva deu uma bela puxada no freio de mão. Mais. Esta foi a primeira reunião com pauta eleitoral da qual o pré-candidato Gabriel Souza participou.

Na prática, a partir de agora, e com a necessidade de urgência, nisto Baleia foi ainda mais claro, o MDB no Estado tentará construir o ambiente para o anúncio que na noite desta quarta-feira, após horas de debates e discussões, se tornou a tendência: o partido irá apoiar Eduardo Leite e deve indicar o vice. Horas antes, o União Brasil havia oficializado o já esperado e anunciado apoio ao tucano. O presidente do UB, Luiz Carlos Busato, segundo Leite, somente não será vice se não quiser.

Na última semana, Busato afirmou à coluna que não seria obstáculo à ampliação da aliança e que poderia abrir mão da vaga para outro aliado. No caso, o MDB. No anúncio do União Brasil, Leite abriu seu palanque para o presidenciável Luciano Bivar e disse que a parceria com Simone Tebet (MDB) ao Planalto não estava garantida. Os movimentos de Baleia, de Leite e do UB foram premeditados, sem dúvida. Agora, mesmo com o recuo do MDB gaúcho, que deve ocorrer, o engajamento dos emedebistas na campanha é uma bela incógnita. 

Em tempo: deve haver revolta de dissidentes na convenção, marcada para o dia 31.

Em tempo 2: o escolhido para vice de Eduardo Leite, deve ter em mente que, em caso de eventual vitória do tucano, poderá concorrer apenas ao Piratini daqui a quatro anos, já que ele deve renunciar, mais uma vez, visando seus planos no cenário nacional em 2026.

Em tempo 3: a manifestação do deputado Osmar Terra: 

Em tempo 4: À noite, Cezar Chirmer, que estava em sessão na Câmara de Porto Alegre, divulgou nota. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895