Salários do Executivo têm menor atraso em dois anos

Salários do Executivo têm menor atraso em dois anos

Quase 80% dos vínculos serão pagos em dia, amanhã

Taline Oppitz

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O governo do Estado realiza amanhã o primeiro depósito da folha de outubro dos servidores do Executivo, no valor de R$ 4,8 mil. Com os depósitos, serão quitados os salários de 79,4% dos vínculos. O restante da folha será pago com apenas seis dias úteis de atraso, em 10 de novembro, o menor desde o início da gestão de Eduardo Leite (PSDB). No mês passado, foram 13 dias de atraso, que já chegou a 40 dias. “Seguimos com um amplo processo de ajuste das contas do Estado e esperamos em breve regularizar a situação em relação aos pagamentos dos salários. Felizmente hoje, no Dia do Servidor Público, anunciamos a boa notícia”, disse o tucano, que havia prometido, durante a campanha, retomar o pagamento da folha em dia no primeiro ano de gestão. A redução nos dias de atraso foi possível devido à reação no desempenho do ICMS, constatada há alguns meses. O Executivo destaca ainda como fundamentais as reformas como a da Previdência e a Administrativa.

Em outubro, houve crescimento real da receita. Até o dia 15, o ICMS apresentou ampliação de crescimento de 17,2% em termos reais em relação ao mesmo período de 2019. Em agosto, foi apresentado leve crescimento de 0,9%, que significou R$ 26 milhões, em relação ao previsto antes da crise gerada pela pandemia. Em setembro, a evolução foi ampliada, atingindo melhora considerável em relação ao ano anterior. O crescimento real foi de 8,9%, ou R$ 266 milhões, em comparação com 2019, relativo à arrecadação de ICMS. Setembro fechará com arrecadação de cerca de R$ 3,2 bilhões, a segunda maior do ano. A tendência foi mantida em outubro. Segundo o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, a recuperação do ICMS neste momento é relevante para a organização do fluxo de caixa, mas não deve ser interpretada como uma solução para as dificuldades das contas públicas, que se mantêm muito frágeis. A fragilidade no cenário pode ser comprovada com as projeções para 2021, que apontam déficit de R$ 13 bilhões, o maior da história. 


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