Tribunal de Justiça tem rosto de mulher

Tribunal de Justiça tem rosto de mulher

Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira é a primeira mulher a assumir a presidência do TJRS

Mauren Xavier (Interina)

A desembargadora também foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Corregedora-Geral da Justiça

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A Justiça é normalmente simbolizada pela imagem da Deusa Thêmis, que com os olhos vendados segura uma balança, segundo a origem grega. Pois bem, nesta terça-feira, em uma cerimônia marcada pela emoção e simbolismo, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul passa a ter rosto de mulher, mas sem as vendas. Mais especificamente o da desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, que emocionada, assumiu a cadeira mais importante do TJRS, a presidência.

Sem demérito aos seus antecessores nos últimos 148 anos de existência, a posse da desembargadora é simbólica e muito relevante nos dias atuais. É a representação das mudanças da sociedade e das conquistas, ainda que muito difíceis, das mulheres. As mesmas que representam a maioria da força do trabalho e do eleitorado, mas que são tão poucas na política representativa.

A prova disso é a dificuldade que os partidos enfrentam em preencher a chamada cota de gênero. E, reconhecendo a sua posição neste momento histórico, a desembargadora ressaltou que espera, assim como os seus colegas da atual administração, que essa presidência não seja lembrada pela liderança de uma mulher, mas “essencialmente, pela condução do Poder Judiciário gaúcho a um novo tempo de prestação jurisdicional, ágil e eficaz”. E reproduzo aqui as palavras da presidente do TJRS: “que possamos todos continuar lutando, que a nossa vida e luta sejam coletivas, para uma sociedade mais justa e igual e por mais empatia entre as pessoas.”


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