Urnas surpreendem em eleições eletrizantes

Urnas surpreendem em eleições eletrizantes

Estado gaúcho, aliás, assim como São Paulo e Rio de Janeiro, foi outro exemplo do fracasso dos levantamentos

Taline Oppitz

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A eleição mais polarizada e acirrada dos últimos tempos colocou os institutos de pesquisas de joelhos. Segundo os levantamentos, a principal dúvida era se Lula (PT) poderia levar a vitória ainda no primeiro turno. Não levou e acabou à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, mas nem de longe com a ampla vantagem apontada pelas pesquisas. Em resumo, Bolsonaro sai politicamente mais forte e, obviamente, mais confiante deste primeiro turno. Nesse cenário, Lula, o PT e aliados estão sob pressão. Geraldo Alckmin (PSB), vice do petista, deve ganhar novo papel na campanha. De hoje até a data do segundo turno, em 30 de outubro, o país deve viver fase ainda mais turbulenta do que a experimentada ao longo dos 46 dias de campanha até aqui. Infelizmente, o acirramento será ainda maior, assim como o tensionamento e, infelizmente, os ataques e a violência. 

Assim como na primeira etapa da disputa, os reflexos serão sentidos nos embates estaduais que não foram encerrados neste domingo, entre eles, no Rio Grande do Sul, que terá forte impacto na próxima etapa da corrida presidencial. O Estado gaúcho, aliás, assim como São Paulo e Rio de Janeiro, foi outro exemplo do fracasso dos levantamentos. Favorito desde que confirmou sua candidatura, após ver seus planos nacionais frustrados, Eduardo Leite (PSDB), que renunciou ao mandato de governador, ficou em segundo lugar, atrás de Onyx Lorenzoni (PL).

Detalhe: brigou pela segunda vaga até o fim com o representante do PT, Edegar Pretto, no legítimo voto a voto. A diferença total entre os dois foi de pouco mais de dois mil votos. O crescimento do petista nas últimas pesquisas levou a uma migração de votos dos eleitoresque apoiariam o tucano devido a rejeição a Onyx, mas que viram a possibilidade de Pretto chegar à segunda etapa. Até mesmo em Pelotas, terra natal do tucano, no Sul do Estado, sua vantagem sob Pretto ficou em cerca de 20 mil votos. Foi um tombo e tanto para Leite, pessoalmente, e para sua coligação.


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