Volta das coligações transforma o país em laboratório eleitoral

Volta das coligações transforma o país em laboratório eleitoral

Esta semana a Câmara dos Deputados concluiu, em primeiro turno, a votação da reforma eleitoral

Taline Oppitz

Regra que colocou fim nas coligações durou apenas um pleito

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Regra que estreou nas eleições de 2020, o fim das coligações nas proporcionais, praticamente nasceu com os dias contados. A novidade foi estabelecida por Emenda Constitucional de 4 de outubro de 2017 e proibia as coligações para os cargos de deputado estadual, federal e distrital e vereadores. Assim, a regra inédita valeu apenas nas últimas disputas municipais.

Na última quinta-feira, a Câmara dos Deputados concluiu, em primeiro turno, a votação da reforma eleitoral. Entre os pontos modificados está a saída de cena do distritão, fórmula segundo a qual apenas os mais votados são eleitos nos seus distritos. Para derrubar o distritão, no entanto, o plenário aprovou a volta das coligações partidárias para as eleições proporcionais a partir de 2022. A vigência da PEC depende ainda de aprovação em segundo turno na Câmara e seguir o mesmo rito no Senado até 2 de outubro.

A ressuscitação das alianças proporcionais não pode ser considerada uma surpresa. Já se tornou praxe no Brasil, a aprovação de regras que são desfeitas de acordo com interesses de partidos e políticos. Não foi a primeira e não será a última vez que as eleições municipais se tornam verdadeiros laboratórios para as disputas gerais.

 


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