Votos contra podem ser decisivos no segundo turno das eleições

Votos contra podem ser decisivos no segundo turno das eleições

Apoios são explorados pelos candidatos, mas não representam garantia da migração dos votos ocorrerá

Taline Oppitz

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Nacionalmente e nos estados, enquanto a data do segundo turno se aproxima, seguem ocorrendo manifestações de lideranças se posicionando em relação às disputas ainda em andamento, especialmente à corrida presidencial. As posições pessoais vêm ganhando destaque, já que, entre os partidos que escolheram lado, há alas de dissidentes. Outros tantos, optaram pela neutralidade, liberando líderes e filiados. Os apoios obviamente são explorados pelos candidatos e suas coligações, mas não representam garantia de que a migração dos votos ocorrerá de forma imediata ou natural. Não pode ser subestimado o fato de que eleitores também traçam suas próprias estratégias.

Neste cenário, principalmente devido à forte e bélica polarização na eleição presidencial, além dos votos a favor dos candidatos, no segundo turno, terão ainda destaque os votos contrários. Ainda mais do que na primeira etapa da disputa, os anti-PT e anti-Bolsonaro farão valer suas rejeições. Bolsonaro acabará levando votos que não são dele, mas que visam impedir o retorno de Lula ao Planalto.

O petista, por sua vez, conquistará votos de anti-bolsonaristas, que querem dar fim ao governo do presidente. O mesmo valerá em muitos estados. Nesta quinta-feira, em análise sobre os cenários nacional e estadual, o ex-governador Tarso Genro (PT) defendeu o voto dos petistas em Eduardo Leite (PSDB), adversário de Onyx Lorenzoni (PL) na briga ao Piratini, apesar de criticar a neutralidade do tucano em relação à corrida presidencial.


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