Commander é surpresa com sua ágil performance

Commander é surpresa com sua ágil performance

Modelo “grandão” da Jeep oferece boa adaptação ao cenário urbano, mas entrega carro robusto e aventureiro para a família

Renato Rossi

Design traz o DNA guerreiro das estradas de terra, bem associado ao estilo 4x4 dos clássicos como o Cherokee

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Cedido pela concessionária Savarauto Jeep, o Commander foi testado em um dia com 400 quilômetros percorridos, em rua e rodovia. Tempo e quilometragem suficientes para que o “grandão” da Jeep no mercado brasileiro mostrasse uma eficiente e leve dirigibilidade, que gera para o motorista a sensação de dirigir um veiculo menor. O Commander é graúdo, no comprimento de 476,9 cm e entreeixos para lá de generoso com 279,4cm. Também é “peso pesado” nos 1.908 kgs. O Commander foi projetado para a família que gosta de ver os seus reunidos. Todos juntos, mas não amontoados. 

No grande espaço interno do Commander a família fica a vontade e pode ser feliz. O Commander facilita a vida a bordo através do amplo espaço. Nos bancos dianteiros, com regulagem elétrica em até oito posições e ajuste em altura e profundidade do volante; fica fácil achar a posição ideal ao volante para qualquer biotipo , no espaço ampliado. Quem viaja na fila do meio fica à vontade nos bancos corrediços que geram o conforto necessário para o corpo e joelhos não baterem em nada. Na terceira fileira, há dois bancos escamoteáveis que servem melhor a crianças. Mas não é espaço excludente de adultos, que podem utilizar os assentos em trechos curtos. 

No porta-malas, o conceito familiar berra: “eu estou aqui”, na capacidade para 661 litros. O Commander é família, mas é também um veiculo ágil e com reações precisas que responde rapidamente às exigências do acelerador. E o motor Turbo diesel 2.0 com 170 hps, consagrado nas linhas Jeep e Fiat, tem uma impressionante linearidade do torque, que surge forte abaixo dos 2.000 giros, o que facilita o uso em caminhos difíceis e subidas. 

Num veiculo de tração 4x4 gerenciada pela eletrônica. O sólido conjunto de suspensões do Commander é o auxilio valioso para chegar ao destino, que pode inclusive ser só trilhas. A Jeep não pode entregar nada menos do que veículos destemidos e desbravadores, que estão no DNA da marca. O Commander se conforma à cidade e parece menor do que é em transito urbano, no deslocamento ágil e retomadas vigorosas de velocidade. Insere uma suspensão McPherson com braços oscilantes na frente e MacPherson com links transversais atrás, que ampliam a agilidade e propiciam um rodar seguro e confortável. Na rodovia, mostrou uma impecável estabilidade direcional e lateral. Mas convém não abusar em curvas a bordo de veiculo pesado, melhor tratá-lo com respeito. 

A utilização do cambio ZF com nove velocidades equaliza o torque e propicia viajar a 100 km/h abaixo dos 2 mil giros. E isto significa baixo consumo em rodovia, onde o Commander pode chegar aos 18 km/l. Contam se mais de 65 itens de conforto e conveniência, que incluem uma alta dose de inteligência artificial. E atenção da Jeep à segurança: aviso de colisão frontal, frenagem emergencial com detecção de pedestres e ciclistas, sensor de fadiga, assistente a manutenção de faixa, câmera de estacionamento traseira. E muito mais. 

O interior da versão topo de linha Overland é luxuoso, acolhedor e futurista, na grande tela de 10.1 polegadas, no centro do painel com imagem de impressionante nitidez.

Dupla competência de GLA e EQA

Os 100 anos do motor a combustão e o futuro do motor elétrico se encontraram em dois dias de avaliação dos Mercedes EQA (elétrico) e GLA (a petróleo). O primeiro a ser testado foi o EQA depois o GLA com seus motor 1.3 turbo a gasolina com 163 hps. A Mercedes Benz decidiu que não continuara na dependência do petróleo e realiza um processo e eletrificação que surpreende pela rapidez e competência. 

O EQA, tem performance diferenciada no motor elétrico de 140 kw, o equivalente a 190 hps. A autonomia de 496 quilômetros é garantida pelo conjunto de células de íon lítio, que pesa 500 quilos. Esta são colocadas entre eixos e mudam o centro de gravidade. No teste o EQA mostrou um nível elevado de estabilidade lateral gerada pelo centro de gravidade baixo e suspensão multibraços na traseira.

Com 447 metros de comprimento o EQA é seis centímetros mais longo que o GLA. São idênticos na mecânica e só diferem na eletrificação. Mas tem performances muito parecidas. O EQA é mais pesado e sua velocidade máxima é de 160 km/h. Com o EQA, o proprietário gastará menos no kw/h. E acrescenta um 11º primeiro mandanento: não poluirás. 

GLA e EQA são “sensíveis” aos pavimentos e o motorista sente as diferenças da aderência dos pneus ao solo, o que amplia a segurança ativa. São SUVs de elevada tecnologia que transmitem uma grande dose de confiança em suas reações. 

No habitáculo, vantagem evidente do EQA, nas amplas telas que praticamente cobrem o painel dianteiro. É forte a dose de futurismo que seduz o consumidor ainda desconfiado do carro elétrico. A engenharia Chegou a um excepcional refinamento tecnológico nos motores a combustão, que tiveram as emissões de carbono reduzidas em até 70%. A MB refina agora o poderoso e quase indomável torque elétrico, tornando mais linear em nome do prazer de condução. EQA e GLA são ótimos. Mas o GLA, sabe que não abrirá a porta do futuro. O EQA já abriu e entrou.


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