Conversa de carro: Volkswagen aceita o futuro

Conversa de carro: Volkswagen aceita o futuro

Montadora alemã prepara terreno para acelerar linha totalmente elétrica

Renato Rossi

Troca do posto pela tomada é aposta da montadora

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O grupo Volkswagen divulgou os planos e estratégias que visam ao aumento da lucratividade e da eficiência operacional das marcas do grupo. A Volks integra o "clube dos 11", que podem produzir 11 milhões de unidades anuais. Na complexidade do mercado, a VW está cercada de ferozes competidores. Dos chineses, que avançam pelo mundo com seus carros elétricos, às marcas norte-americanas que surfam as vantagens do Ato de Redução de Inflação, que oferece US$ 369 bilhões para uma definitiva mudança na matriz energética. A troca do sujo petróleo por energia limpa. Que ao menos garantirá a vida dos que virão.

Neste contexto, muda a indústria automobilística dos Estados Unidos, que faz rápida e surpreendente transição para o elétrico. A Ford nesta semana completou o investimento de US$ 2 bilhões em sua fábrica em Colônia, na Alemanha. No segundo semestre, é lá que começa a ser produzido o Explorer elétrico. A chinesa Byd instala fábrica de baterias na Alemanha. O executivo Oliver Blume sente a pressão e sabe que a Volkswagen terá que investir ainda muitos bilhões de dólares e euros nesse arranque da eletrificação.
Para a Volkswagen, que já tem a bela e tecnológica linha ID, com sete modelos elétricos, é um caminho sem volta.

Em suas declarações, Blume salientou que a nova estratégia global da Volkswagen, o "Acelerar a Frente para o 6.5" define que a VW e suas marcas reduzirão o número de modelos e versões pelo mundo. Serão mantidos em produção somente os modelos mais eficientes e “vendáveis”. Que terão menos variáveis, o que significa economia nos custos de produção.

Blume citou que o elétrico ID7 tem 99% menos configurações em relação ao Golf de sétima geração, que continua em produção. “Queremos que nossos modelos sejam excepcionais na tecnologia, na dirigibilidade, na segurança ambiental e humana”, frisa. O Grupo Volkswagen tem capacitação para isto. Sobretudo, serão veículos “limpos”, produzidos em unidades industriais igualmente livres de resíduos tóxicos. “Não ficaremos restritos somente ao carro elétrico. Há grandes possibilidades com outras fontes de energia limpa. E nossas pesquisas estão avançadas em relação a outras opções, como o hidrogênio verde, E-fuel, painéis solares. É um futuro desafiador”, disse.


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