Conversas de carro: O erro humano e a inteligência artificial

Conversas de carro: O erro humano e a inteligência artificial

Caso do submarino mostra os contrastes do uso da tecnologia

Renato Rossi

Seguem esforços de recuperação dos destroços

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Os humanos foram ao fundo do mar e não voltaram. Quem voltou foi o submersível robotizado guiado pela inteligência artificial, que recolheu os restos da tragédia. A implosão da nave defeituosa que tinha mais enganos do que acertos. Praticamente não há mais rastros de humanidade vindos desta catástrofe. Mas eis que surgem estes “heróis” de aço e titânio guiados pela inteligência artificial, que ignoram a pressão mortal da água a 4 mil metros de profundidade e realizam trabalho intensivo de trazer de volta o quase nada que sobrou da tragédia. Ressurge o dilema do uso da inteligência artificial no lugar do humano.

Na terra, o carro autônomo é uma realidade: a inteligência artificial que dirige se mostra mais eficiente do que a mente humana. Não bebe, não sente raiva de outros motoristas e não abusa da velocidade. Das frotas experimentais de carros autônomos, poucos se acidentaram. Os algoritmos em computadores capazes tornam o humano ao volante supérfluo. O carro autônomo quer o ex-motorista em paz, sem brigar com ninguém. Lúcido e relaxado no banco do carona, onde quiser estar. Menos ao volante.

A frota de carros autônomos, em 15 anos, no máximo, terá o carro autônomo para todos os que se dispuserem a comprar. Os Tesla já tem o eficiente “auto pilot”, utilizado sem alarde por milhões de motoristas no primeiro mundo. O uso da Inteligência artificial esta cada vez mais intensivo nos meios de transporte. Mesmo no segmento médio do mercado, o “piloto automático adaptativo permite que o carro leve o motorista em segurança na cidade e rodovia. Mas o motorista deve manter as mãos no volante.

A inteligência artificial não deve ser encarada com temor, nem depreciar o humano. Se o submersível Titan fosse ao fundo somente com câmeras de alta definição e lá filmasse com espantosa nitidez o túmulo do Titanic, o garoto a bordo com seu “cubo mágico” estaria agora em segurança com sua mãe. Que lamenta sua dor e desgraça na TV Inglesa. Mais uma vez o “erro humano” “bateu ponto”. Não será pior um mundo com a prevalência da inteligência artificial. Será melhor.
 


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