Projeto ensina crianças a navegar no mundo digital
CONTEÚDO PATROCINADO
Correio + Conteúdo

Projeto ensina crianças a navegar no mundo digital

Empresas investem na formação de jovens, financiando o projeto Aprendizes - Digital através da Lei Federal de Incentivo à Cultura

Correio Mais Conteúdo

Terceira edição do projeto vai beneficiar 100 alunos no Rio Grande do Sul

publicidade

Com foco na introdução de conceitos básicos em robótica e artes visuais, a 3ª edição do projeto Aprendizes - Digital beneficia 100 alunos no Rio Grande do Sul. Em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre, estudantes do 3º ao 5º ano da EMEF Santa Rita de Cássia participam, desde março, das oficinas semanais de robótica. Inédito no estado - apenas a rede pública de São Paulo havia sido contemplada -, o projeto visa despertar as novas gerações para o desenvolvimento de tecnologias e reforçar a importância da alfabetização digital em um mundo marcado por constantes inovações tecnológicas.

Com investimentos na formação dos docentes, a iniciativa já formou 55 professores e 300 alunos desde a primeira edição, em 2021. Em 2023, o programa contempla 250 alunos e 100 professores. Além da EMEF Santa Rita de Cássia, a EE Sebastião de Souza Bueno, na Vila Medeiros, em São Paulo, participa do projeto, que tem patrocínio da Braskem. Realizado pela agência Muda Cultural, com apoio da corretora de seguros Lockton e The LYCRA Company, o projeto tem duração de oito meses. Gestor cultural da Muda Cultural, Ítalo Azevedo afirma que as empresas privadas investem no projeto por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Mais do que iniciar o “letramento digital”, Azevedo explica que a ideia do projeto é inspirar novas gerações e mostrar possibilidades de futuro em carreiras em ciência e tecnologia. O projeto oferece kits da LEGO, compostos por algumas peças típicas dos conjuntos tradicionais da marca, além de outras bem específicas, como as estruturas inteligentes que possibilitam a programação das ações que o robô realizará. “Em paralelo, oferecemos tablets ou notebooks, em alguns casos, e livros didáticos”, observa. Conforme Azevedo, o projeto visa despertar a curiosidade e ensinar, entre outras coisas, lições de programação aos alunos.

Mesmo com previsão de encerramento do projeto em dezembro, Azevedo explica que os materiais serão doados à escola. “O objetivo é pavimentar pontes e, ao final do projeto, fazemos a doação dos kits pedagógicos com o intuito de estimular a escola a seguir utilizando os materiais em sala de aula”, completa.

Prestes a completar quatro meses, o projeto conta com a aprovação da comunidade escolar. “Felizmente, o retorno tem sido positivo por parte das instituições, que sempre pedem pela renovação do projeto”, afirma. “Há relatos de que o aproveitamento dos alunos em outras disciplinas tem sido superior por conta do trabalho na robótica”, destaca.

 

Conforme Azevedo, a meta para o próximo ano é atender três estados, formando 500 estudantes e 100 professores. Segundo o gerente de Relações Institucionais da Braskem no RS, Daniel Fleischer, "o patrocínio do projeto integra as iniciativas da empresa de fomento ao desenvolvimento das comunidades próximas do entorno de suas unidades industriais. E a educação é um pilar essencial para a construção de um futuro melhor para todos”.

Foto:Ricardo Ara / Divulgação / CP

Melhoria no desempenho

Desenvolver o senso de organização e disciplina entre alunos do ensino fundamental normalmente representa um desafio para os professores, mas a implementação do projeto Aprendizes - Digital na EMEF Santa Rita de Cássia em Nova Santa Rita já reflete no dia a dia dos estudantes do 3º ao 5º ano. Conforme professores da instituição de ensino, as aulas de robótica despertam a atenção dos jovens aprendizes e impactam positivamente no desempenho dos alunos em outras matérias.

Responsável pela gestão do projeto no RS, Fabiano Freitas avalia que o programa permite aos estudantes desenvolver outras habilidades. “Quando vão desenvolver um projeto, eles precisam se organizar, desenvolver habilidades de falar em público, defender e justificar uma tese. Eles aprendem isso”, destaca. Freitas explica que os professores também passam por formação continuada. “Se eventualmente o projeto não for renovado na instituição, o corpo docente poderá seguir oferecendo as atividades previstas no livro didático”, ressalta.

 

A diretora da EMEF Santa Rita de Cássia, Cíntia Fabiana de Freitas Branco, não esconde a empolgação com o projeto. “Ficamos empolgados, trabalhamos bastante para que ele acontecesse na escola”, frisa, acrescentando que os alunos receberam a informação sobre o curso da forma mais positiva possível. Conforme Cíntia, as aulas de robótica aguçaram a criatividade e despertaram a vontade de pesquisar dos jovens aprendizes. “Ninguém quer faltar à aula quando tem robótica, eles aprendem muito”, completa.

Todas as terças-feiras, os estudantes são divididos em quatro turmas. Cada aula tem duração de 1h30min. “Trabalham em grupos, o que estimula a participação e o desenvolvimento de raciocínio lógico matemático através das aulas”, afirma. Professora de uma turma do 5º ano, Adriana Marques Nunes explica que os estudantes são divididos por grupos. Cada um tem uma área responsável: construtores, organizadores e programadores. A cada semana, eles revezam e mudam de função. “Esperam ansiosos pela aula de terça-feira. Já fizemos navio, papagaio, jacaré, passarinho, carros, aviões”, destaca.

Professora do 4º ano, Maristela Boldt avalia que o projeto faz toda diferença. “Foi um marco para eles, uma coisa diferente e que muitos não teriam acesso se não fosse aqui na escola. Os equipamentos que usamos, o LEGO, são de primeira linha. É um material que usufruem bastante. Eles cuidam e manuseiam com cuidado, porque são peças pequenas. Os próprios professores da turma se empolgam ao fazer os projetos. Vários não tiveram a oportunidade de ter esse acesso. Estamos aprendendo juntos com as crianças”, destaca.

Na avaliação de Carla Reis, que leciona para turma do 4º ano, o projeto incentiva o desenvolvimento e a aprendizagem. “Estimula a lógica e a disciplina do aluno, além do trabalho em grupo. A avaliação é a mais positiva possível”, frisa. Professora do 3º ano, Sandra Fernandes Amorim diz que o projeto impacta na criatividade e na habilidade de resolver problemas. "A gente aprende junto e estuda robótica. Fazemos as mesmas atividades que eles fazem”, conclui.

Foto: Ricardo Ara / Divulgação / CP

Mais informações sobre todas as edições do Aprendizes - Digital podem ser encontradas no site, no Instagram e nas redes sociais da Muda Cultural.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895