Reumatologistas alertam sobre casos de artrite em crianças

Reumatologistas alertam sobre casos de artrite em crianças

A Sociedade de Reumatologia do Rio Grande do Sul afirma que os sintomas geralmente ocorrem na faixa etária de quatro a dez anos

COLABORE

Quanto mais precoce o tratamento, menor as chances de sequelas e melhor a evolução da criança

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A Sociedade de Reumatologia do Rio Grande do Sul (SRRS) alerta sobre casos de artrite em crianças. Muitas pessoas acreditam que as doenças reumáticas não acomete o público infantil e, este desconhecimento, faz com que o diagnóstico das doenças seja retardado. A maior causa de sequelas graves nas doenças reumáticas nas crianças é o atraso no diagnóstico e a demora no inicio do tratamento. A Dra. Sandra Helena Machado, chefe do serviço de pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da residência de Reumatologia pediátrica, diz que a artrite idiopática juvenil é uma das doenças crônicas mais comuns da infância e a doença reumática mais prevalente em crianças e adolescentes.

"O primeiro passo para o seu diagnóstico é sabermos diferenciar as dores nos membros das crianças, que podem ser benignas, isto é, não apresentam gravidade e não interferem no crescimento da criança. Estas tem característica de serem em braços mas principalmente nas pernas, e ocorrem  ao final da tarde podendo ainda  acordar a criança”, destaca. Esses sintomas, que ocorrem geralmente em crianças entre quatro e dez anos, melhoram com massagens ou analgésicos leves e não interferem em nenhuma das atividades normais do dia a dia da criança.

No entanto se as dores unilaterais ou até múltiplas, que atrapalham as atividades normais da criança,  ocorrendo  durante o dia, desde o acordar pela manha, exigem atenção. “Se a criança tem dificuldade para realizar exercícios, cansaço, perda de peso, não melhora com analgésicos leves e vem piorando progressivamente , é importante realizar uma avaliação detalhada com o pediatra, que poderá encaminhar a criança para o reumatologista pediátrico”, alerta Dra Sandra .

Ao contrário dos adultos, as crianças queixam-se pouco de dor, e protegem o membro doloroso evitando usá-lo. A suspeita diagnóstica se faz através de uma boa história e exame clínico e os exames laboratoriais ajudam a concluir o diagnóstico e planejar o tratamento . Quanto mais precoce o início do tratamento, menor as chances de sequelas e melhor a evolução da criança.


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