Aquele dia jamais será esquecido. Enquanto o sol nascia, o Brasil assistia, incrédulo, às primeiras notícias vindas de Santa Maria. O número de vítimas fatais de um incêndio em uma boate e que começou em duas dezenas, crescia de forma assustadora. Dezenas de queimados, em estado grave, eram levados para hospitais de todo o Estado. Ao constatar que seus filhos não estavam entre os feridos, pais entravam em pânico. Desespero.
O incêndio da boate Kiss, que matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos, completa 10 anos nesta sexta-feira. Para os familiares das vítimas, foi uma década de luta por justiça. Na tentativa de superar a perda, pais encontraram na união o conforto para seguir em frente e cobrar a punição dos responsáveis. Para quem sobreviveu ao incêndio, estes dez anos também foram de luta pela vida e a recuperação física e psicológica.
Para relembrar aquela fatídica madrugada e os dez anos de luto e luta das famílias, o Correio do Povo publica uma série de matérias especiais, além de vídeos, infográfico e podcast que recontam a madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e avançam pelos anos que se seguiram, marcados pelas homenagens aos mortos, a persistência dos sobreviventes e a batalha das famílias por justiça.
Confira:
Dez anos depois, as marcas que o tempo não cura
Quem viveu aquela madrugada relata sobre os traumas físicos e psicológicos que seguem presentes em suas vidas
Apoio entre os familiares é a fortaleza
Grupos se uniram para enfrentar o luto e luta por justiça após tragédia matar 242 pessoas em Santa Maria em 2013
O cenário da tragédia, dez anos depois
Entrar no que sobrou da boate é reviver o horror. E o que se vê no interior do prédio, mesmo uma década após aquela madrugada, ajuda a entender a dimensão dos acontecimentos
Batalha judicial ainda sem fim
Foram anos de angústia e espera pelo sentimento de justiça que se viu frustrado após a anulação do júri ocorrido em 2021
Lei Kiss entre avanços e retrocessos
Tragédia mobilizou grandes modificações na legislação, que acabaram retrocedendo anos depois. Apesar dos recuos, regras em vigor são mais duras do que há dez anos
Podcast Direto ao Ponto
Por meio do olhar do editor de polícia do Correio do Povo, Paulo Roberto Tavares, o Direto ao Ponto faz uma cronologia da data em que a casa noturna pegou fogo, e sobreviventes relatam os impactos do 27 de janeiro de 2013 até os dias de hoje.