A colheita da erva-mate ocorre durante o ano todo, com ciclos e intervalos de corte que vão de 12 a 24 meses, sendo a maior parte aos 18 meses. “O manejo adequado da cultura, com nutrição equilibrada das plantas, descompactação, uso de matéria orgânica e manutenção de coberturas verdes e secas na superfície do solo ajudam a evitar perdas, bem como o sombreamento da erva-mate com outras espécies de árvores, nos chamados sistemas agroflorestais”, destaca o coordenador técnico do Pgmate, Ilvandro Barreto de Melo.
Também é prática importante o cuidado com a boa qualidade das mudas. “Isso resulta em menores perdas em estiagens”, afirma Melo. Além disso, é recomendada a utilização de um sistema de poda que permita a colheita da folha madura e, ao mesmo tempo, preserve as outras folhas para que a árvore consiga manter suas atividades fisiológicas como transpiração, respiração e fotossíntese.
Outra maneira de reduzir perdas é a irrigação, que começa a ser usada de forma pioneira em alguns ervais do Estado e é objeto de pesquisa da Faculdade de Agronomia da Universidade de Passo Fundo em trabalho conjunto com a Emater e a Associação dos Produtores de Erva-Mate de Machadinho (Apromate), pois ainda não existem dados científicos sobre essa prática na cultura da erva-mate.
A erva-mate é cultivada em 205 municípios do Rio Grande do Sul, mas em apenas 30 deles há colheitas volumosas. Em função das características de cada região, foram identificadas cinco áreas de produção como polos ervateiros, o que facilita a gestão da cadeia produtiva de acordo com as peculiaridades locais.
A maior concentração de área e produção está no polo do Alto Taquari, responsável pela produção de 60% da massa verde de erva-mate no Estado, seguida pelos polos do Alto Uruguai, Missões/Celeiro, Nordeste Gaúcho e Região dos Vales, respectivamente.
