Em Santa Maria do Herval, museu conta a história da imigração germânica

Em Santa Maria do Herval, museu conta a história da imigração germânica

Espaço conta com maquetes de residências antigas e itens utilizados pelos primeiros moradores da região

Museu funciona de segundas a sábados

Por
Felipe Faleiro

O Museu Municipal Laurindo Vier, em Santa Maria do Herval, na Encosta da Serra gaúcha, é um convite para aguçar os sentidos. Localizado na área central do município, homenageia Laurindo Vier, professor da região e ex-vereador em Dois Irmãos, que morou no local por muitos anos. Atualmente, conta com cerca de cem maquetes de residências e casas comerciais dos primórdios da imigração, assim como itens de carpintaria, cerâmica e costura comuns aos germânicos estabelecidos na área a partir do final do século XIX, acervo este doado pela comunidade.

O local, também o Memorial da Arquitetura Germânica, começou a ser construído por volta de 1906, a fim de abrigar um salão de bailes, uma pousada e um pequeno comércio. Em 1997, foi adquirido pela Prefeitura. “Grupos de turistas e escolas são bem-vindos”, comenta o assessor da Secretaria Municipal de Turismo, Lucas Molling. Bucólica e entranhada em meio a pontilhados das serras repletas de mata praticamente intocada, Santa Maria do Herval respira história e cultura germânica por onde quer que se vá.

No interior do museu é possível voltar no tempo e admirar as obras, criadas pelo artista plástico Iteno da Silva, natural do município e hoje morador de Campo Bom, confeccionadas em materiais diversos. O conjunto, registra a Secretaria Estadual de Turismo, é um dos maiores acervos de maquetes do estilo enxaimel no mundo, registrando não apenas os conjuntos arquitetônicos, mas ainda jardins e outros detalhes.

A fabricação das peças iniciou na década de 1990, segundo Molling, a partir de pesquisas históricas acerca das famílias que viviam nas residências, não apenas de Santa Maria do Herval, mas também em outros municípios. “O museu tem como objetivo destacar que as próximas gerações possam valorizar ainda mais o trabalho dos nossos antepassados”, afirma o funcionário público. As visitas são gratuitas e abertas à comunidade. O museu, localizado na rua 25 de Julho, esquina com a rua professor Laurindo Vier, nº 3311, funciona de segunda a sexta, das 8h às 12h e 13h às 16h, e aos sábados, das 9h às 12h e 13h às 16h.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895