Experiência de conhecimento na Serra Gaúcha

Experiência de conhecimento na Serra Gaúcha

Vencedores da edição 2020/2021 do Programa CNA Jovem, de treinamento de lideranças para o agro, visitaram o Rio Grande do Sul na última semana, em roteiro que incluiu Bahia, Minas, Mato Grosso do Sul, Pará e Brasília

Jovens que participaram do treinamento de 14 meses da CNA estiveram em vinhedos de Flores da Cunha e de Bento Gonçalves, onde receberam informações sobre o cultivo e a industrialização da uva para vinhos finos

Por
Nereida Vergara

Uma jornada de imersão no agronegócio do Brasil trouxe nesta semana cinco jovens de diferentes regiões país ao Rio Grande do Sul. Elienai Silva, da Bahia, Francisco Caio Vasconcelos, do Ceará, Ana Carolina Zimmermann, do Distrito Federal, Laerte Mendonça Neto, de Minas Gerais, e Lucas Dierings, do Paraná, ganharam a viagem por terem sido os destaques do Programa CNA Jovem 2020/2021, de desenvolvimento de lideranças, patrocinado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

No Estado, os jovens visitaram as regiões de Flores da Cunha e Bento Gonçalves, conhecendo vinhedos e vinícolas, seus processos de produção e de construção de identidade no mercado de bebidas nacional. Eles foram recebidos em Porto Alegre, na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), pelo presidente da entidade, Gedeão Pereira. Na ocasião, o dirigente fez questão de ressaltar a proximidade da federação com os jovens, citando as atividades da Comissão Jovem da Farsul e o quanto essa comissão é importante para o desenvolvimento da entidade. "Se não fôssemos próximos aos jovens não teríamos nos adaptados e sobrevividos esses 95 anos", disse Pereira.

Fernanda Nonato, coordenadora do programa, acompanhou o grupo na caravana que começou em 19 de junho e já esteve na Bahia, em Minas Gerais, no Pará e no Mato Grosso do Sul, e que se no último dia 5, em Brasília. Segundo ela, o processo de preparação dessas lideranças levou 14 meses e a visita às propriedades é um tipo de “coroamento” da experiência. Para Fernanda, as regiões do Brasil tem suas particularidades, mas os problemas a serem enfrentados pelos produtores se parecem em todos os lugares. “Na verdade, o que muda é a forma como cada local se organiza”, afirmou. A coordenadora ressaltou que em estados como o Rio Grande do Sul, onde o associativismo entre os produtores é muito forte, chega a ser um “choque de realidade”. “Os jovens que trouxemos anotaram tudo para levar as soluções que viram no Estado para suas regiões”, completou. 

Vinda do Distrito Federal, Ana Carolina Ziemmermann, destacou a importância da missão pelo Brasil. “Somos um país muito rico, muito diverso, onde muitos processos agrícolas se assemelham e muitos são bem diferentes”. A viagem, na visão dela, trouxe muitas informações e revelou o empenho de novas comissões jovens que estão surgindo nos estados, com a finalidade de discutir o agro e a necessária sucessão familiar. “É muito interessante ver como as coisas funcionam no Pará e no Rio Grande do Sul, por exemplo”, acentuou. Em solo gaúcho, Ana salientou o trabalho de marca feito pelas vinícolas e as particularidades de cultivo dos vinhedos, reveladas por um agrônomo que acompanhou o grupo na visita. 

Lucas Diering, do Paraná, também pontuou que a organização dos produtores gaúchos chama a atenção, principalmente pela cooperação.
Elienai Silva, da cidade baiana de Juazeiro, garantiu estar muito feliz com a visita ao Rio Grande do Sul e satisfeita por conhecer centros de produção de excelência em vinhos voltados ao mercado internacional.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895