Transplante, uma corrida contra o tempo

Transplante, uma corrida contra o tempo

O sucesso de uma operação de transplante de órgãos ou tecidos depende de uma cadeia de acontecimentos, que começam com a manifestação das pessoas para seus familiares sobre a vontade de ser um doador.

Marivalda acompanha a filha Beatriz, que realizou seu segundo transplante de pulmão no Santa Casa.

Por
Rodrigo Thiel

Para quem está esperando por uma chance de ter uma nova vida, sem sintomas ou dificuldades, a corrida é contra o tempo. Para quem precisa retirar órgãos de uma pessoa com falência encefálica, a corrida é contra o tempo. Para quem atua em operações especiais que facilitam a chegada deste órgão até o hospital onde o procedimento será realizado, a corrida também é contra o tempo. Se para muitas atividades o relógio é algo promissor ou parceiro para algo benéfico, no caso dos transplantes de órgãos, cada segundo é uma eternidade, em uma batalha que parece não ter fim.

A jovem Beatriz Estrela, de 25 anos, já vivenciou duas vezes este drama em sua vida. Natural de Salvador, ela veio para o Sul em busca da própria vida. Ela foi diagnosticada com fibrose cística, que afeta tanto o aparelho digestório como o respiratório. Em 2016, quando ainda residia na capital baiana, ela começou a sentir dificuldades para respirar e, após realizar exames, foi identificada a necessidade de um transplante de pulmão.

“Eu cheguei aqui em Porto Alegre em abril de 2017. Tive que refazer todos os exames e entrar em avaliação. Ao todo, foram nove meses desde o momento em que eu entrei para a fila de espera e até ser chamada para a cirurgia. Quando eu entrei na lista, comecei a fazer reabilitação, que ajudou bastante na parte respiratória e eu fui ganhando condicionamento, mas ainda tinha muito cansaço”, relatou. Segundo a jovem, entre as dificuldades enfrentadas estavam boa parte das atividades de rotina, como escovar os dentes, subir e descer escadas ou tomar banho.

Desde então, Beatriz realizou o transplante, voltou a morar em Salvador e retornou para a capital gaúcha em 2023 por conta de uma rejeição crônica do órgão. Nesta segunda passagem pelo Rio Grande do Sul, a jovem ficou mais de seis meses internada na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, sendo quatro meses na UTI sem conseguir falar por causa de uma traqueostomia e da ventilação mecânica. O segundo transplante foi realizado em setembro do ano passado, em meio a uma nova corrida contra o tempo, e, desta vez, contra condições climáticas adversas.

A jovem relembra todo o drama e a ansiedade vivida na espera para a última cirurgia. Em função da urgência, Beatriz teve seu nome colocado na fila de transplante nacional. Passados quatro dias, o novo pulmão chegou a Porto Alegre vindo de um doador do estado de Santa Catarina. Entretanto, a capital do Rio Grande do Sul passava, naqueles dias, por uma das maiores enchentes nos últimos 80 anos. “Estava chovendo muito, com o aeroporto fechado. Realmente era um dia horroroso”, recordou a mãe, Marivalda.

“Eu fiquei desesperada porque o médico me ligou de noite, no dia 22, para me avisar que iria buscar um pulmão para mim de madrugada em Santa Catarina. Eu não consegui dormir. Fiquei ansiosa demais. Fui para a UTI de manhã e eu lembro que estava chovendo tanto que as janelas tremiam por causa do temporal. O órgão demorou para chegar porque eles não conseguiam pousar de volta em Porto Alegre. Eu desesperada porque o pulmão iria chegar”, completou a jovem.

Esta ansiedade representa a vontade de Beatriz em viver, depois de meses com dificuldades até para sair da cama do hospital. E o senso de urgência não fica preso apenas na paciente. Ele é refletido na rotina de todos profissionais que atuam na área. Apesar disso, a humanidade e o bem se sobressaem em uma situação dessas. “Antes de ir para Santa Catarina, o dr. Felipe (médico responsável pelo transplante) foi até a UTI ver ela, me deu um abraço e disse: ‘Mãe, eu vou buscar o pulmão da sua filha’. Essa delicadeza de toda a equipe não tem preço”, falou emocionada a mãe.

Incentivo a doadores

Mesmo que o processo de doação de órgãos seja sigiloso, fazendo com que nem a família do doador nem o receptor saibam a identidade um do outro, Marivalda e Beatriz viajaram até Santa Maria, na região Central, para conhecer os familiares de quem lhe proveu o primeiro transplante. “Estivemos lá e visitamos a família na casa deles. Depois eles vieram aqui na nossa. Foi tudo tranquilo, mas foi um momento muito emocionante para todos. Nossa gratidão é imensa às duas famílias. Um sim salva muitas vidas. E a minha filha teve o privilégio de ser salva duas vezes”, contou a mãe.

Este sentimento de salvar vidas com a doação de órgãos se aflorou também na família de Beatriz. Mesmo de longe e envolvidos na batalha da jovem, um por um, seus familiares começaram a dizer “sim” para as campanhas de doação. “Minha família toda virou doadora, tanto por parte de pai como de mãe. Também teve amigos e até pessoas de Salvador que não conheço mas sabem quem eu sou e viraram doadores”, disse.
Para ela, o assunto ainda é pouco falado na região onde nasceu se comparado com o sul do Brasil. “Aqui tem muita divulgação. No Nordeste não é muito comentado. Muitas pessoas sabem que tem, que é importante, mas é pouco divulgado. Quando você passa por essa situação, você vê o quanto esse assunto deveria ser falado e como muitas pessoas sequer ouviram falar sobre.”

Além de passar duas vezes por transplantes de pulmão, Beatriz também divulga a causa nas suas redes sociais, seja para falar sobre a escolha de vir para o RS, como sobre toda sua luta. “Eu tento ser bem ativa, tanto sobre doação de órgãos quanto sobre fibrose cística. As pessoas me procuram para saber como foi o processo todo. E sempre eu falo que, se não fosse o transplante e a equipe toda, eu não estaria aqui desde 2017.”

Perguntada sobre o motivo por ter escolhido Porto Alegre como local para buscar seu tratamento por duas vezes, ela conta que pesquisou sobre as regiões mais bem estruturadas para a realização de transplante de órgãos. “Quando a gente soube que eu precisava fazer a cirurgia, minha médica queria me mandar para São Paulo. Mas pesquisei com meus pais e descobrimos que aqui é um centro de referência na área. Então a gente brigou para poder vir para cá, por causa da Santa Casa. O atendimento aqui é fora de série, todos lembram de ti, sabem o que aconteceu”, relatou.

Após uma pesquisa sobre as regiões mais bem estruturadas para a realização de transplante de órgãos, Beatriz, que é de Salvador, escolheu acapital gaúcha 

"Eu tento ser bem ativa, tanto sobre doação de órgãos quanto sobre fibrose cística. As pessoas me procuram para saber como foi o processo todo. E sempre eu falo que, se não fosse o transplante e a equipe toda, eu não estaria aqui desde 2017."
Beatriz Estrela, 25 anos, transplantada.

Mais de 2,7 mil na fila para transplante

Em algumas salas nos fundos do Hospital Sanatório Partenon está localizada a Central Estadual de Transplantes. Este espaço é responsável por um dos mais eficientes sistemas centralizados de doação e transplantes de órgãos do país. Entre o final dos anos 1980, quando foi criada a Central, até meados dos anos 2000, o RS teve a melhor taxa de doadores por milhão de habitantes.

Apesar de o Rio Grande do Sul ser superado por Santa Catarina e Paraná no número de doadores por população, o médico regulador e coordenador adjunto da Central Estadual de Transplantes, Rogério Caruso, destaca o número de procedimentos realizados nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, o RS foi o sétimo estado com mais transplantes realizados por milhão de habitantes, mostrando resultados efetivos principalmente em transplantes de pulmão e transplantes pediátricos de rim e fígado.

“A pandemia representou uma queda no número de doadores e transplantes. Em 2022, houve aumento no número de notificações, atingindo 732, e o número de doadores voltou a subir, chegando a 197. Em 2023, a recuperação continuou. Até novembro, tivemos 767 notificações de morte encefálica e 262 doadores efetivos. Ao todo, foram 2.237 transplantes, sendo 712 de órgãos sólidos, como coração, pulmão, fígado e rins. Mas o trabalho precisa continuar intenso.”

Caruso conta que, até novembro de 2023, a fila de espera para transplantes no RS tinha 2.756 pessoas, sendo 1.307 para transplante de rim, 1.202 para córneas, 169 para fígado, 62 para pulmão e 16 para coração. O médico regulador conta que o maior desafio para zerar a fila permanece sendo a negativa familiar pela não doação de órgãos e tecidos.

“Atualmente, 44% dos diagnósticos de morte encefálica não são convertidos em doação por conta da não autorização familiar. Na maioria das vezes, pela dúvida se o falecido era doador em vida. Portanto, o simples gesto de conversar em família sobre o assunto já mudaria o cenário”, citou Caruso, destacando a importância das ações de conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, como a campanha “O Amor Vive”, lançada pelo governo do Estado em 2023.

Da remoção ao transplante

Entre as funções de Caruso na Central Estadual de Transplantes está a notificação e toda a logística da retirada dos órgãos até o transplante, de fato, no paciente que aguarda na fila. Ele contou, de forma breve, como funciona todo este processo minucioso. O médico ressalta que, em alguns casos, o órgão pode ser proveniente de um doador vivo, como nos casos de rim, pulmão, fígado e medula óssea. Entretanto, a maioria dos órgãos transplantados é proveniente de doadores falecidos.

Segundo Caruso, nestes casos, o transplante acontece a partir de pacientes com morte encefálica. “O diagnóstico obedece a um rígido protocolo de exames clínicos e complementares, supervisionados e validados a cada etapa pela Central de Transplantes. Após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica, exceto em casos de contraindicação, é entrevistada a família do falecido com a finalidade de se obter a autorização para captação de órgãos e tecidos.” Ele explica que esta contraindicação acontece em caso de diagnóstico, no paciente com morte encefálica, de infecções não controladas, câncer metastático, tuberculose em atividade ou HIV, por exemplo. Além disso, Caruso conta que a idade não é contraindicação, mas dificulta que alguns órgãos, como pulmão e coração, possam ser aproveitados para transplante.

Caruso explica que a escolha daqueles que podem receber o órgão é feita através de um sistema, não havendo qualquer definição ou indicação humana no processo. “Havendo a autorização da família e não havendo contraindicação, é feito o cruzamento das características do doador com as dos pacientes que aguardam um transplante. A partir desse cruzamento, recebemos a lista dos receptores possíveis. Esse cruzamento é feito por um algoritmo informatizado, sem interferência humana”, ressaltou.

Ainda conforme o médico, a lista é ordenada por fatores como tempo de espera e gravidade da doença. Após, a equipe transplantadora do possível receptor é avisada da disponibilidade e avalia se o paciente está em condições de passar pelo transplante. “Isso é feito simultaneamente para cada órgão possível de ser transplantado. Quando se completa esse processo e já sabemos para qual receptor cada órgão será destinado, começa a fase de logística, para levar as equipes até o hospital onde se encontra o doador. Dependendo da distância e do número de equipes a serem deslocadas, podem ser utilizados transporte terrestre e aéreo, além de escolta.”

As operações de escolta pela vida

Além de ajudar a levar as equipes transplantadoras aos hospitais onde está o possível doador, as operações de escolta também auxiliam no transporte do órgão para o transplante, assim como a viagem do paciente para realizar o procedimento. Uma destas escoltas ocorreu na antevéspera do Ano-Novo, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) mobilizou equipes para ajudar um veículo da Prefeitura de São José do Inhacorá, que levou uma paciente com urgência até o Hospital Dom Vicente Scherer, na Santa Casa de Porto Alegre para realizar um transplante de rim. De acordo com a PRF, os familiares solicitaram auxílio para viabilizar o deslocamento para o procedimento.

O transplante da jovem Nataly Rodrigues Chaves, de apenas 18 anos, foi também o transplante de rim de número 6 mil da Santa Casa. Ela aguardava na lista de espera havia mais de 10 meses. Ao todo, foram 480 quilômetros percorridos entre o final da tarde do dia 30 de dezembro e a madrugada de 31 de dezembro de 2023, quando a cirurgia foi realizada na casa de saúde.

Este é apenas um das centenas de casos de escoltas realizadas em 2023 para transplantes de órgãos no Rio Grande do Sul. Seja por terra ou pelo ar, a corrida é sempre contra o tempo. Ao longo de 2023, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre foi um dos órgãos que mais se envolveu neste tipo de operação, principalmente pelo fato de parte dos hospitais de referência para transplantes estarem localizados na capital gaúcha.

De acordo com a EPTC, foram realizadas 19 escoltas para transplantes de órgãos em 2023, sendo 10 para transplante de pulmão, 8 para coração e 1 para fígado. Desde 2021, este número chega a 45 operações. Entretanto, o número tem aumentado ano a ano. “A escolta assegura o deslocamento da forma mais ágil e segura possível. Assim, contribuímos com a preservação de vidas e também para minimizar o risco de sinistros de trânsito”, destacou o diretor-presidente Pedro Bisch Neto.

Além das operações em si, a EPTC também realiza simulações para manter a equipe de batedores da Coordenação de Operações Especiais (COE) treinada, além de chamar a atenção de motoristas. Conforme o agente Leandro Barbosa, coordenador do COE, em muitas das situações, é possível reduzir consideravelmente o tempo de deslocamento entre um ponto e outro. Nas duas operações acompanhadas pelo Correio do Povo nos últimos meses, o trajeto realizado demorou cerca de 10 minutos a menos em ambas.

Uma delas saiu do Aeroporto Internacional Salgado Filho em direção à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, e a outra teve como ponto de partida o hospital Cristo Redentor em direção ao hospital de Clínicas. Apesar das vias com trânsito carregado, o trabalho dos batedores e dos desvios realizados permitiu uma viagem rápida e segura até as casas de saúde de destino.

“Neste tipo de operação, a gente procura preservar a segurança viária, da equipe médica que tá fazendo o transporte do órgão, e dos demais usuários da via. A nossa missão é entregar com segurança a equipe médica e o órgão no hospital de destino. É importante que o condutor entenda que, quando estiver passando uma moto da EPTC com a sirene ligada, é porque ela está em atividade, seja realizando o transporte de órgão, o deslocamento de autoridade ou comboio”, reforçou Barbosa.

Escolta e transporte de um coração para transplante entre os hospitais Cristo Redentor e Clínicas 

Entrega do órgão bem sucedida | Foto: Mauro Schaefer

A corrida da captação ao transplante

O médico Álvaro Albrecht é um dos cirurgiões cardíacos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, uma das referências no RS para este tipo de procedimento. No final de novembro, ele foi um dos responsáveis pelo 14º transplante de coração realizado na casa de saúde em 2023. Albrecht participou desde a retirada do órgão horas antes no Hospital Cristo Redentor, na zona Norte, até a operação de transporte deste para a cirurgia no início da tarde no Hospital de Clínicas.

Por se tratar de uma das operações mais complexas na área, ele destaca que a preferência é buscar um coração de um doador que esteja em regiões próximas do hospital onde será realizado o procedimento.

“Nesta situação, a gente não gosta de um coração que envolva transporte aéreo, pois, quanto mais longe, entra a variável da duração desse transporte. Quando a gente chega com um coração que é retirado perto do hospital, a gente tem um pouquinho mais de margem para qualquer eventualidade”, explicou.

Por isso, ele destaca a integração das equipes com a Central de Transplantes e órgãos que fazem escolta, como a EPTC e a PRF, como um fato essencial para o êxito na operação. “Só podemos ficar com o coração parado, frio e fora do corpo por quatro horas. Quanto menos tempo esse coração ficar parado, melhor. Quanto mais tempo, maior o risco de complicações. Então a gente precisa desse apoio para abrir as ruas e as estradas. Sincronizar todas essas equipes não é uma tarefa simples”, completou o médico.

Questionado sobre a complexidade do transplante de coração, Albrecht citou que alguns casos, quando já há histórico de cirurgia cardíaca, possuem uma maior dificuldade. Entretanto, ele ressalta que o Hospital de Clínicas é a unidade que mais realiza transplante de coração no sul do Brasil. “Nosso resultado é o melhor do país em número de pacientes que ficam bem depois da operação. Algumas cirurgias são mais fáceis, outras cirurgias mais complicadas. Quando o paciente não tem uma cirurgia prévia, o transplante é bem tranquilo de fazer para nós, que estamos acostumados com esse tipo de cirurgia. Mas quando um transplante de coração é reoperação, quando o paciente já tem uma cirurgia cardíaca prévia, que envolve um coração artificial ou um sistema que auxilia o bombeamento do sangue no corpo, nós consideramos como a mais complexa”, finalizou.

Por se tratar de operação complexa, o coração de um doador que esteja em regiões próximas do hospital onde será feito o transplante minimiza os riscos em caso de qualquer eventualidade no procedimento 

Livro-reportagem traça um panorama da doação de órgãos no RS

Lançado em dezembro de 2023, o livro “Corrida contra o tempo – O que compromete a doação de órgãos e a eficiência do sistema de transplantes no Brasil” retrata o cenário do sistema público de doação de órgãos a partir de uma série de entrevistas com médicos, equipes transplantadoras, famílias doadoras, transplantados e ativistas. Publicado pela Carta Editoria, o livro é assinado pelos jornalistas Valéria Ochôa, Flávio Ilha e Stela Pastore, com registros fotográficos de Igor Sperotto.

Conforme a publicação, algumas lacunas são apresentadas ao leitor, como a necessidade de tratar do tema nos currículos de cursos da saúde e uma prioridade em consistir uma política de Estado sobre o tema. “O estudo revela que o Brasil, mesmo tendo um sistema considerado bem consolidado e regulado, ainda está longe de garantir aos milhares de pacientes em lista de espera, de norte a sul do país, o acesso a essa contribuição da ciência e da medicina”, pontua a jornalista Valéria Ochôa, coordenadora do projeto editorial da Fundação Ecarta.

A entidade mantém há 11 anos um projeto chamado Cultura Doadora, que é voltado ao fomento da conscientização sobre o tema, com o objetivo de ampliar a doação e transplantes de órgãos. Foi durante as constatações apontadas nesta trajetória de mais de uma década que surgiu a necessidade de produzir o livro. “O jornalismo é um instrumento fundamental para a causa contribuindo na difusão de como funciona o sistema e sensibilizar para a doação, gesto que salva muitas vidas”, completa Valéria.

O livro "Corrida contra o tempo" | Foto: Igor sperotto / Divulgação / CP

A publicação sobre a doação de órgãos no RS possui 248 páginas e está à venda no site da www.cartaeditora.com.br e nas livrarias Santos, Macun e Clareira, em Porto Alegre, podendo também ser solicitado pelo e-mail cartaeditora@gmail.com.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895