Vagas de empregos que faltam e sobram em São Francisco de Paula, na Serra do RS

Vagas de empregos que faltam e sobram em São Francisco de Paula, na Serra do RS

Município enfrenta desafios com mão de obra na indústria madeireira, apesar da disponibilidade de trabalhadores

Por
Felipe Faleiro

O município de São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha, vive um fenômeno intrigante em relação ao emprego. Há mão de obra disponível, mas as empresas relatam dificuldades no preenchimento de vagas. O problema atinge indústrias, comércio e serviços, especialmente no setor madeireiro, o que mais emprega na cidade de 21,1 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE de 2021. É também relativamente recente, de acordo com os empresários, a partir da instalação destas novas indústrias no Distrito Industrial, localizado às margens da ERS-020.

Em uma destas serrarias, a encarregada da administração, Jose Farias Duarte, fala de maneira enfática. “As pessoas não querem trabalhar. Não têm comprometimento. Elas vêm para a entrevista de emprego, mas muitos dos escolhidos não participam sequer das próximas etapas de contratação.

Precisamos de apoio”, comenta ela. A empresa em questão tem três hectares de área construída, com capacidade de produzir de 2,5 mil a 3 mil metros cúbicos de tábuas de madeira pinus por mês. No entanto, a ociosidade da fábrica faz com que ela produza de 1,8 mil a 2,2 mil metros cúbicos mensais.

“Como o pessoal falta muito ao trabalho, tem que baixar a produção e revezar com as pessoas que estão ali”, pontua. Em um setor imediatamente anterior à expedição, por exemplo, os cinco trabalhadores foram deslocados a outras funções pela falta de pessoal naquele dia. A empresa, que atua com exportação do material, portanto, remove temporariamente pessoas de locais não essenciais para cobrir ausências, o que, em última análise, significa perda de faturamento para a companhia e de impostos ao município. 

Em um contêiner, cabem 40 metros cúbicos de madeira, e seu custo individual é de cerca de 10 mil dólares, equivalente a R$ 50 mil. Assumindo os menores valores de produção e capacidade mensais (1,8 mil para 2,5 mil), são 700 metros cúbicos produzidos a menos, ou 38,8% de perdas mensais. Por dia, são 23,3 metros cúbicos, em um mês de 30 dias. Em cada encomenda, portanto, são perdidos 3,8 mil dólares, ou R$ 19,4 mil.

A companhia poderia atuar com 75 empregados, mas tem 88, segundo os cálculos de Duarte. A diferença, que também está ligada a um custo maior de encargos trabalhistas, é justamente para haver funcionários “reserva” caso falte alguém em setores críticos. “Você acaba sobrecarregando aqueles que estão trabalhando”, comenta ela, gerando também estresse aos que precisam realizar outras funções que não a sua. 

Já o encarregado de produção da empresa, Sebastião da Silveira Santos, reforça o sentimento geral de frustração e preocupação da companhia. “Você ensina a pessoa naquela função e ela desempenha até bem nos primeiros dias. Aí, mais adiante, ela não vem, então você precisa treinar outra pessoa e começar tudo de novo. Cai a produção e a qualidade dela”, afirma Santos. Ambos relatam ainda um desgaste por parte dos profissionais que realizam o treinamento.

Duarte e Santos também sugerem que pode haver questões de adaptação relacionadas à permanência no município, bem como à mudança do próprio perfil dos empregados, eventualmente acostumados a trabalhar na agricultura e em seguida introduzidos na indústria. “Eles têm uma vida muito sofrida e isso é algo que descobrimos depois da contratação da pessoa. Este é um trabalho que requer atenção, foco e grande comprometimento, então isto acaba marcando a saúde física e mental”, comenta Duarte.

SERRARIAS

As serrarias passaram a ser o setor dominante na economia do município há cerca de seis anos, quando, de acordo com a prefeitura, houve uma mudança de perfil industrial em São Francisco de Paula. Até então havia predominância do calçado, mas a crise internacional do produto, verificada também nos vales do Sinos e Paranhana, fechou empresas e demitiu centenas de funcionários na cidade. Um exemplo foi a Ortopé, também no Distrito Industrial, cuja fábrica instalada em um pavilhão de 1,3 mil metros quadrados encerrou as atividades.

Mas o prédio não ficou sem uso e a própria prefeitura está de mudança de maneira gradual para lá. Grande parte do edifício ainda abriga a estrutura de uma típica indústria calçadista, mas a única movimentação existente hoje no local é de documentos e servidores públicos. O vice-prefeito, Thiago Teixeira, relata diversos planos para São Francisco de Paula, incluindo transformar a extensa área hoje sem uso em um hub criativo e de prospecção de novos negócios. Quando a crise do calçado atingiu a cidade, foi preciso buscar alternativas, segundo ele.

“O desemprego no município estava altíssimo. A cada dez casas em que passávamos no período de campanha eleitoral, em nove os moradores pediam para resolvermos a questão do emprego. Era, seguramente, o maior problema que tínhamos dentre todos”, afirma Teixeira. Em 2017, o prefeito Marcos Aguzzolli enviou à Câmara de Vereadores projeto de lei criando a Política Municipal de Incentivos Fiscais e Econômicos, conjunto de normas que estabelecia cinco opções de incentivos às empresas se instalarem no município. 

Em 2017, de acordo com a Receita Estadual, o Valor Adicionado Fiscal (VAF) de São Francisco de Paula, calculado pelo valor total das vendas, descontadas as compras das empresas no município, era de R$ 277,2 milhões. Em 2023, mais que triplicou para R$ 849,9 milhões. O VAF é o fator mais relevante na composição do Índice de Participação dos Municípios (IPM), que estabelece o rateio do retorno do ICMS a cada cidade gaúcha, representando 75% do total. O IPM municipal, ou seja, a “fatia do bolo” do ICMS, aumentou de 0,22 para 0,28 no mesmo período. O orçamento também dobrou.

Em vários setores, São Francisco de Paula tem vagas de emprego sobrando

O município de São Francisco de Paula, último destino turístico da Rota Romântica no sentido norte, atualmente conta também com empresas de outros setores, como alimentícia, e a agropecuária em si ainda é forte, especialmente no plantio de batatas, maçãs e na comercialização do pinhão. Se hoje há uma indústria consolidada, dar conta das oportunidades foi tarefa difícil. Passado o plano de incentivos fiscais, a prefeitura observou o território, o 15º maior do Rio Grande do Sul em área, com mais de 6,5 vezes o tamanho de Porto Alegre, e identificou algumas potencialidades. “Havia demanda para a madeira e fizemos um trabalho significativo”, conta o vice-prefeito. Mapeados alguns setores-chave, a próxima etapa foi contatar diretamente as companhias, apresentando o município. E, de novo, a proporção do aceite foi de uma em cada dez empresas, brinca ele.

A busca ativa da administração trouxe de longe empresas interessadas em se estabelecer no município, a exemplo da serraria descrita no início da reportagem, que é de São José do Norte, no litoral sul gaúcho, onde ainda há uma unidade da empresa, como também há companhias do Paraná e de Minas Gerais. “Chegamos aqui imaginando que os problemas seriam resolvidos em razão de haver a matéria-prima, mas descobrimos outro, que é a falta de mão de obra”, relata Duarte.

Para o vice-prefeito, apesar do aumento da qualidade de vida, ainda há imensos desafios, a começar pela alta desigualdade social. “Tínhamos um dos piores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Rio Grande do Sul. Mudar o Ideb é algo geracional. Estamos trabalhando junto à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) visando incentivar que os adolescentes façam o Ensino Médio. Mesmo que não precise dele para trabalhar na indústria, queremos atuar junto a elas para que deem algum tipo de incentivo também”, diz Teixeira. Ele também não acredita que a falta de emprego seja pela migração da agricultura para a indústria, já que, na sua visão, esta mudança ocorre mais por “opção”.

Em janeiro deste ano, o Hotel Cavalinho Branco, um dos mais tradicionais da Serra, pegou fogo. As chamas atingiram a caldeira e o telhado do edifício, mas não danificaram nenhum dos 38 quartos. Localizado em frente ao Lago São Bernardo, o prédio originalmente construído para ser um cassino, na década de 1930, rapidamente não pôde ser utilizado para o fim original em razão da proibição federal para estes empreendimentos, conta o gerente do hotel, João Henrique Barbosa da Rosa.

Recuperado, ele atualmente recebe hóspedes de diversos estados brasileiros e de fora do país, encantados com a beleza natural do tranquilo lago e pelo imaginário em torno da construção. O hotel hoje conta com oito funcionários. “Tem bastante oportunidade de emprego, mas as pessoas vêm e ficam um ou dois dias. Não é algo que acontece apenas aqui no município, mas em todo o país. Quem quer trabalhar e demonstra comprometimento, nós qualificamos.

No nosso caso atual, a dificuldade é grande, porque você acaba dobrando horas para suprir a falta de pessoal”, argumenta o gerente do Cavalinho Branco.

A mesma situação é descrita pela coordenadora da agência municipal da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/Sine), Tayná Silva Velho.

“Temos visto dificuldades em encaixar as pessoas, mesmo as com menos qualificações, nas empresas. Por exemplo, há muitas oportunidades em auxiliar de linha de produção, que é a demanda maior das serrarias”, comenta ela. Na opinião de Tayná, a população acredita que precisa ter mais especializações para buscar vagas nestas companhias. “Nem sempre é verdade. Elas oferecem qualificação dentro de suas estruturas”, pontua.

“Ainda há uma parceria nossa com a Secretaria Municipal de Educação, a fim de proporcionar a Educação de Jovens e Adultos (EJA), em horário que não coincida com o trabalho”. Ela ainda diz concordar que o município “cresceu rápido demais”. “Atendemos em torno de 50 pessoas por dia para encaminhamento de vagas, fora serviços de seguro-desemprego e carteira de trabalho. Acho que, para uma cidade como a nossa, é um número bastante significativo. Em São Francisco de Paula, temos muitas vagas disponíveis, então, se quiser trabalhar, vai encontrar”, ressalta.

O motorista Lucas Cavassolla, morador da cidade há 25 anos, estava na agência do Sine há alguns dias, mas não para buscar vagas. “Na fábrica onde trabalha meu genro, estão chamando pessoas de municípios próximos, como Gramado, Igrejinha e Três Coroas, porque mão de obra aqui não tem mais. Precisa urgentemente de gente e não tem. Cada vez mais vêm indústrias de fora e tem menos povo para trabalhar”, relata Cavassolla.

Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), São Francisco de Paula teve, neste ano, 1.406 admissões formais e 1.137 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 269 empregados com carteira assinada. No item “Fabricação de produtos de madeira”, houve 280 novos vínculos empregatícios e 233 demissões, saldo de mais 107. Porém, o estoque de vagas somava 1.019 até o último levantamento disponível.

Faltam vagas a poucos quilômetros de distância

Se, em São Francisco de Paula, há empregos de sobra, a poucos quilômetros dali, no Vale do Paranhana, no corredor da rodovia ERS-239, falta trabalho. O calçado, que trouxe tamanhas glórias nas décadas de 70 e 80, vive atualmente momentos de muita incerteza. Fechamento de fábricas e consequentes demissões de funcionários trazem um cenário nebuloso para o setor, apesar do relativo aumento em índices como o de exportações. 

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base em índices do IBGE, a produção calçadista nacional avançou 2% no primeiro trimestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022. Foram 195 milhões de pares entre janeiro e março deste ano, contra 191,4 milhões no ano passado. Contudo, o total do ano deve registrar uma produção de 860 milhões de pares de calçados, aumento de 1% a 1,7% sobre o ano anterior, porém ainda abaixo dos patamares pré-pandemia, quando, em 2019, foram produzidos 897 milhões.

Mesmo assim, o horizonte futuro pode ser de dificuldades, segundo comentário do presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira. O setor de Inteligência de Mercado da Abicalçados projeta uma queda de 0,8% entre julho e setembro de 2023 em relação ao primeiro trimestre. O mercado em si está de olho na situação internacional, no crescimento do endividamento das famílias brasileiras e na desoneração da folha de pagamentos, que está sendo analisada no Congresso Nacional. “Caso a desoneração não prossiga para o próximo ano, mais de 30 mil empregos serão colocados em risco na atividade”, avalia Ferreira.

Às vésperas do Natal do ano passado, a indústria Brasil Shoes, cuja sede ficava em frente ao Centro Municipal de Cultura Lúcio Fleck, no Centro de Sapiranga, encerrou suas atividades, dispensando mais de 270 empregados e fechando definitivamente as portas da unidade. No entanto, outra empresa do mesmo município deverá assumir o edifício em breve, disseram moradores próximos à reportagem. Outras indústrias que realizaram recentes desligamentos na região ou no entorno incluem a Arezzo&Co, em Campo Bom e Veranópolis, a Paquetá The Shoe Company, que está em recuperação judicial, em Sapiranga, onde fica sua matriz, além de outras quatro unidades no país, Rubberloss, em Novo Hamburgo, além do Grupo São Francisco, em Parobé e na própria São Francisco de Paula.

Este último era proprietário da Calçados Campa e também fechou a fábrica de Parobé próximo ao Natal de 2022, frustrando as expectativas de seus cerca de 85 trabalhadores. A empresa, que teve recentemente a falência decretada pela Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, tinha problemas em pagar os honorários trabalhistas, como o FGTS, e seu fechamento causou apreensão a moradores próximos ao edifício, hoje praticamente abandonado no bairro Nova Guarujá. “O pessoal chegou para trabalhar um dia e não havia mais nada. Todos ficaram sem saber o que fazer”, relata o aposentado Oscar Ridel, que mora em frente. “Meu neto trabalhou quatro anos ali. Agora, a falta de segurança é que nos preocupa”, afirma a também aposentada Liliana Bays. O neto, que atuava no local como auxiliar de serviços gerais, já conseguiu recolocação profissional.

Segundo o presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé (Sindparobé) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do Vestuário do RS (Feticvergs), João Nadir Pires, o sindicato fez o que pôde oferecer em um primeiro momento. “Fizemos o encaminhamento deles. Preenchemos a ficha de registro de todos, e havia outras empresas interessadas na sua contratação. Tínhamos conhecimento que a empresa estava em recuperação judicial, mas o que eles fizeram foi remover todas as máquinas, que acabaram sendo devolvidas ao prédio depois. Hoje, a empresa não tem patrimônio algum”, relata ele. 

 

Desafios do setor calçadista

Antes da Covid-19, o calçado estava novamente vivendo momentos virtuosos em sua região de referência ainda que tenha havido, afirma João Nadir Pires, uma debandada de indústrias para estados com condições fiscais mais favoráveis, como Bahia e Ceará. “Houve falta de ação, desde as prefeituras até o governo do Estado. Deixaram os empregos irem embora por vantagens, como pavilhões dados por dez anos, e o Rio Grande do Sul cruzou os braços para isto”, afirma o presidente da Feticvergs e do Sindparobé.

Também segundo ele, o Executivo estadual “desde os anos 1990, nunca chamou sequer uma grande reunião com os empresários”. “E quando fizeram, foi para repassar algumas pequenas ações que não geram empregos. Não tem nenhuma prefeitura fazendo isto neste setor, pelo que sei”, diz Pires. A rotatividade do setor também é motivada pela desmotivação dos baixos salários na indústria, não apenas em território gaúcho, embora este fator seja mais um a agravar a situação do calçado no RS.

Pires também faz um mea culpa do movimento sindical. “Percebendo que havia muita crise, abraçamos os trabalhadores, mas não nos encorajamos para fazer um movimento maior, para não deixar que os salários viessem para um patamar tão baixo.” Ainda assim, a guerra comercial entre China e Estados Unidos pode trazer novas oportunidades para o setor no Brasil, porque, deixando de adquirir o produto dos chineses, os norte-americanos podem voltar seus olhos para a produção gaúcha.

Outra grande dor do setor calçadista é a falta de mão de obra, o que cria certo vínculo com a situação de São Francisco de Paula e o baixo número de interessados em atuar nas empresas do município. Porém, a situação do Paranhana tem a ver com a falta de oportunidades de qualificação. “Em 2022, as empresas foram alertadas de que a região entre Três Coroas até São Leopoldo precisaria qualificar 785 mil trabalhadores”, pontua o presidente.

Conforme os dados do Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população economicamente ativa (PEA) da soma dos 24 municípios dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) Vale do Sinos e Paranhana-Encosta da Serra era de 809,3 mil pessoas. Mantida a média anual de crescimento de 1,9% ao ano na PEA estimada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela então Fundação de Economia e Estatística (FEE), hoje Departamento de Economia e Estatística (DEE), em 2022 haveria 1,01 milhão de pessoas nesta condição nestas regiões.

Em 2025, elas seriam 1,07 milhão. Ou seja, daqui a dois anos, mais de 73% destas pessoas precisariam ser educadas na função, o que traz à tona o tamanho do desafio do setor calçadista. Pires comenta que alguns passos estão sendo dados. Um deles é a formação permanente de costureiras no sindicato, iniciativa que já capacitou mais de 3 mil profissionais na área. No entanto, muitas delas não permanecem na região, migrando para áreas no país com salários melhores, como Santa Catarina e São Paulo.

Há outras iniciativas permanentes intersetoriais que buscam elevar o nível desta qualificação, a exemplo do Instituto de Tecnologia em Calçado e Logística Industrial, em Novo Hamburgo, e o Instituto de Tecnologia em Couro e Meio Ambiente, ambos mantidos pelo Senai. Neste mês, o Sebrae também lançou no RS o Programa Lider - Liderança para o Desenvolvimento Regional, com foco inicial no calçado. A ideia é unir grupos de trabalho para qualificar a cadeia produtiva do segmento, desenvolvendo lideranças empresariais. Até novembro, haverá um total de oito encontros.

Olhando para o Novo Caged, é possível também perceber que há certa demanda reprimida. O município de Parobé, com 59,1 mil habitantes, conforme o IBGE em 2021, teve 2.589 admissões e 2.061 desligamentos registrados neste ano, ou seja, saldo de 528 empregados a mais. Só o item “Fabricação de calçados” teve 1.281 contratações e 993 demissões, saldo positivo de 288. Porém, o estoque de vagas é de 6.709 no segmento. Em Taquara, com população de 57,7 mil, o setor calçadista acumula 211 admissões e 261 desligamentos em 2023, saldo negativo de 50 trabalhadores, e estoque acumulado de 1.302 vagas.

 

 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895