Após brigas, torcedores do Boca Juniors curtem dia tranquilo em Copacabana

Após brigas, torcedores do Boca Juniors curtem dia tranquilo em Copacabana

Na véspera da Final da Libertadores, torcedores relatam sensação de segurança

Felipe Uhr

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Ao telefone o homem diz ao amigo: “Não vem, o clima está tenso. Pararam o samba e tudo... É, deu confusão com o pessoal do Flu e do Boca”. Era esse o ambiente na noite de quinta-feira em Copacabana, no Rio de Janeiro. Horas antes, viralizava nas redes sociais e na imprensa vídeos em que apoiadores do Boca Juniors, que estão na cidade para ver a final da Copa Libertadores, apareciam sendo chutados e roubados por “torcedores” do Fluminense.

Nesta sexta-feira, o clima parecia estar mais ameno. “Estamos tranquilo, até agora não tivemos nenhuma problema”, relatou Martin Bouchet que chegou ao Rio acompanhado de dois amigos na madrugada de quarta para quinta-feira. “Agora vamos para a concentração argentina. Juntos ficamos mais seguros.”

Concentração argentina

Em Copacabana, entre o posto 3 e 4, já é possível ver o mar de azul e amarelo formado pelos milhares de torcedores do Boca – ou xeneízes, como também são conhecidos – que estão lotando o Rio. Ali, há uma espécie de ponto de encontro. Na beira do mar, alguns cantam, outros descansam ou tomam mate.  

Foi onde os irmãos Fimognares chegaram, após 52 horas de viagem, de Rio Cuarto. “Está tudo tranquilo. Hoje estamos em mais gente. Eu acho que vão nos respeitar mais”, declarou Mauro. Pela primeira vez no Brasil, ali em Copa, eles pretendem curtir o dia até a final.

Torcedores do Boca não param de chegar em Copacabana | Foto: Felipe Uhr / Especial / CP

Ao lado da grande concentração de torcedores argentinos, um grupo de policias do 19º Batalhão da PM do Rio de Janeiro acompanhava a movimentação. “Até agora está tudo tranquilo, não houve nada de violência”, relatou o policial.

Quem também se sentia seguro era o torcedor do Flu Paulo Rezende. Morador de Juiz de Fora, Minas Gerais, ele vem a todos jogos do time. Desde quarta-feira no Rio, desta vez notou que há mais policiais do que o normal e acredita que o clima de paz deve imperar. “Não tem porque brigar. Isso é coisa dos mais lunáticos”, diz ele apertando a mão de um torcedor do Boca que passava na hora.

Em meio às brigas, torcedores fazem aperto de mão pregando a paz | Foto: Felipe Uhr / Especial / CP

Para o empresário argentino Daniel Novegil, o ambiente também era o melhor possível. “Sempre fui bem recebido no Brasil. Claro que tem que saber por onde anda, mas nunca tive problemas”, conta ele lembrando a vez que esteve em Porto Alegre, quando viu o Boca ganhar a sexta e última Taça da Copa Libertadores diante do Grêmio em 2007. “Eu tenho amigos em Porto Alegre e por causa deles gosto do Grêmio.”

Dezesseis anos depois, ao lado do filho Augustín, e dos netos Franco e Ignácio, ele acredita no título, porém com sofrimento. “Vamos ganhar no pênaltis.”


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