Após extradição, Marin poderá ficar em apartamento de US$ 2 milhões em NY
Apartamento é do próprio ex-presidente da CBF e tem vista para a Quinta Avenida
publicidade
Marin, advogado de formação, garantiu a pessoas próximas a ele que vai usar sua extradição para poder "provar sua inocência" diante dos juízes norte-americanos. Enquanto estava preso na Suíça, o processo não havia sequer começado. Mas, enquanto vai se defender, espera que seja autorizado a permanecer em seu apartamento, um local com um quarto, sala e cozinha na Trump Tower.
Sua defesa aposta que a Justiça norte-americana dará a ele esse direito, inclusive com o pagamento de uma fiança inferior à de Jeff Webb, o ex-vice-presidente da Fifa e que deixou 10 milhões de dólares como garantia.
A idade de Marin (83 anos) e a natureza de seu suposto crime poderiam amenizar a sua situação e favorecer a um relaxamento de suas condições de prisão. O brasileiro deve passar no máximo 72 horas em uma cadeia de Nova Iorque, tempo necessário para que o acordo seja selado.
No inquérito norte-americano, Marin aparece como sendo a pessoa que compartilhou a propina recebida para a Copa do Brasil, o torneio anual de clubes organizado pela CBF. As suspeitas do FBI são de que Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira teriam ficado com parte do dinheiro, pago pelos empresários que mantinham acordos comerciais.
Entre aqueles que são apontados como suspeito do pagamento está a Klefer, empresa de Kleber Leite e que teria fechado um acordo com Hawilla para pagar cada uma 50% da propina para os dirigentes da CBF. O pagamento vinha ainda dos anos de Teixeira e, quando Marin entrou na presidência da entidade, os valores tiveram de ser reajustados para atender aos três dirigentes.
Marin deverá ir aos EUA até segunda-feira
Marin será transferido para os Estados Unidos entre esta sexta e segunda-feira. Um oficial da polícia norte-americana irá à Suíça especialmente para buscá-lo. Ele viajará algemado, em voo comercial, provavelmente em classe econômica.
A colocação de algemas em Marin nada tem a ver com um suposta periculosidade do preso. Faz parte das normas norte-americanas, que determina que pessoas que são extraditadas e viajam junto com agentes do FBI têm de ser algemados por estarem sob custódia.