Apesar da diminuição no número de alunos, escolas de surfe resistem no Litoral

Apesar da diminuição no número de alunos, escolas de surfe resistem no Litoral

Prática do esporte exige responsabilidade, tolerância e disciplina, o que tem afastado os mais jovens

Mauren Xavier

Apesar da diminuição no número de alunos, escolas de surfe resistem no Litoral

publicidade

Primeiro as noções teóricas sobre o mar. Depois, tentar conquistar o equilíbrio num skate. A terceira etapa é nada e tentar subir em uma prancha numa piscina. Isso tudo bem longe do mar. É depois disso, que o caminho fica mais desafiante e salgado. Ainda fora da praia é preciso fazer o check list: protetor solar, hidratação e passar parafina na prancha. Tudo certo? Agora é ir para a areia, fazer o alongamento e ver as condições do mar. Passadas todas as etapas, é hora de cair na água e tentar, inúmeras vezes, até conseguir achar a onda perfeita. Aquela em que o surfista consegue liberar o corpo e a mente. São esses alguns passos para a formação dos surfistas, crianças, jovens e até os mais experientes.

A prática não requer idade, no entanto exige outras habilidades, como responsabilidade, tolerância e disciplina. Porém, essas competências têm afastado os mais jovens da prática, tão popular no litoral gaúcho. “O (a maioria) dos jovens hoje troca o surf pela festa da noite, pela moda e eletrônicos. Prefere ficar em casa”, avalia o surfista Beto Diehl, que há mais de 20 é responsável pela Escola Gaúcha de Surf, no balneário de Atlântida.

Um exemplo é a redução no número de interessados em aprender e a taxa de abandono. Praticante do surf desde os 8 anos, Marco Wainstein, 48 anos, estimula a prática no filho Eduardo de 7 anos. “É um exercício que faz bem para o corpo, porque exige uma atenção muito grande com a saúde e o bem-estar”, comenta.

Também com o estímulo dos pais, Gabriel Kats Veisman, de 8 anos, já consegue pegar ondas e se sente mais confiante dentro do mar. “É muito radical. Mas quando fica perigoso, tem que respirar fundo e manter a calma”, comenta ainda tímido. A mãe, Beatriz, conta que busca estimular a prática, assim como fez com o filho mais velho, Rafael, 13 anos, por favorecer o contato com a natureza. Já Fábio Junqueira, de 23 anos, começou a prática há 7 meses. “Sempre quis surfar. Mas agora houve uma união de fatores, como a questão financeira”, destaca.



Mais Lidas

Confira a programação de esportes na TV desta terça-feira, 23 de abril

Opções incluem eventos de futebol e outras modalidades esportivas em canais abertos e por assinatura







Placar CP desta terça-feira, 23 de abril: confira jogos e resultados das principais competições de futebol

Acompanhe a atualização das competições estaduais, regionais, nacionais, continentais e internacionais

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895