Apesar da diminuição no número de alunos, escolas de surfe resistem no Litoral
Prática do esporte exige responsabilidade, tolerância e disciplina, o que tem afastado os mais jovens
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A prática não requer idade, no entanto exige outras habilidades, como responsabilidade, tolerância e disciplina. Porém, essas competências têm afastado os mais jovens da prática, tão popular no litoral gaúcho. “O (a maioria) dos jovens hoje troca o surf pela festa da noite, pela moda e eletrônicos. Prefere ficar em casa”, avalia o surfista Beto Diehl, que há mais de 20 é responsável pela Escola Gaúcha de Surf, no balneário de Atlântida.
Um exemplo é a redução no número de interessados em aprender e a taxa de abandono. Praticante do surf desde os 8 anos, Marco Wainstein, 48 anos, estimula a prática no filho Eduardo de 7 anos. “É um exercício que faz bem para o corpo, porque exige uma atenção muito grande com a saúde e o bem-estar”, comenta.
Também com o estímulo dos pais, Gabriel Kats Veisman, de 8 anos, já consegue pegar ondas e se sente mais confiante dentro do mar. “É muito radical. Mas quando fica perigoso, tem que respirar fundo e manter a calma”, comenta ainda tímido. A mãe, Beatriz, conta que busca estimular a prática, assim como fez com o filho mais velho, Rafael, 13 anos, por favorecer o contato com a natureza. Já Fábio Junqueira, de 23 anos, começou a prática há 7 meses. “Sempre quis surfar. Mas agora houve uma união de fatores, como a questão financeira”, destaca.