Aposentadoria precoce reacende discussão sobre lesões cerebrais na NFL
Chris Borland decidiu abandonar futebol americano para cuidar da saúde
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Em seu primeiro ano na liga, Borland teve um bom papel e mostrava futuro no esporte. Porém, desistiu de milhões de dólares contratuais e do sonho de infância para cuidar de sua saúde, sendo que ele já havia sofrido duas concussões na vida.
"Eu quero o melhor para minha saúde. Pelo que pesquisei e vivi, eu não acho que valha o risco (seguir jogando). Pensei comigo mesmo: “O que estou fazendo? É assim que vou viver minha vida adulta, batendo minha cabeça, especialmente com o que aprendi e sei sobre os perigos?”, disse à ESPN o jogador, que se encontrou com neurologistas e pesquisadores antes de tomar sua decisão.
O futebol americano é um esporte onde o contato está presente a cada jogada durante os 60 minutos dos jogos e, assim, a carreira de seus atletas é encurtada vertiginosamente. Alem de suas próprias expectativas de vida sofrerem um decréscimo após anos de atritos no campo.
Hoje, a lesão mais preocupante para os jogadores é a Lesão Cerebral Crônica, ou CTE, em inglês. Com uma série de concussões durante suas carreiras, a doença costuma afligir boa parte dos ex-jogadores. Além da agressividade da patologia, ela não pode ser diagnosticada em vida e, por tal motivo, não é tratada. Entre os sintomas, estão até mesmo pensamentos suicidas, que já ceifaram a vida de vários ex-atletas.
A NFL, por sua vez, acredita que os riscos estão sendo diminuídos a cada temporada, sendo que o número de concussões, inclusive, caiu 25% em 2014. Respeitando a decisão de Borland, a liga diz que o esporte está a cada dia tornando-se mais seguro.