Argentina sofre, mas avança na Copa América
Após 0 a 0, seleção albiceleste derrotou Colômbia nos pênaltis
publicidade
Passada a batalha em Viña del Mar, a Argentina se prepara para enfrentar na terça-feira o vencedor de Brasil e Paraguai, que jogam amanhã. O duelo da semana que vem definirá o finalista da Copa América.
O técnico José Pekerman teve desfalques importantes, principalmente Sánchez e Valencia, titulares do meio-campo no setor defenvivo. Sem eles, mexeu no desenho do time. Colocou Mejía como volante na função de marcar Pastore, com Cuadrado e Ibarbo pelos lados, apoiando os laterais Zúñiga e Arias, este segundo no lugar do barrado Armero. Na frente, James ficava centralizado, com Téo Gutiérrez e Jackson Martínez, que colocou Falcao García no banco.
O time não encaixou. Mejía marcava Pastore, e de fato ele esteve apagado. Mas a pergunta que não queria calar: e quem pegava Messi? Solto no meio, o craque se movimentou bem, partindo do meio para a esquerda. E era por esse lado que Di María era o melhor em campo no primeiro tempo. Na etapa inicial, as melhores chances surgiram com o camisa 7.
Na primeira, Pastore finalizou, mas Ospina defendeu. Aliás, é bom guardar esse nome, vinha se destacando. Depois, em lance parecido, com cruzamento rasteiro, Messi não chegou e a zaga cortou. A próxima foi com Agüero, mas pelo alto. O cabeceio foi por cima.
O domínio era tanto, que Pekerman mexeu logo aos 24 minutos. Tirou Téo, alvo do Corinthians, e colocou Cardona para tentar arrumar o meio. E a melhor oportunidade da Argentina veio na sequência com Agüero: finalizou e Ospina fez linda defesa. No rebote, Messi finalizou de cabeça, e o goleiro do Arsenal operou um verdadeiro milagre. Ainda teve que trabalhar para evitar um gol contra de Zapata.
O segundo tempo começou com erros bobos dos dois lados. Teve até de Ospina, brilhante até então, que quase resultou em gol de Agüero. E algumas faltas mais duras. O duelo estava mais bonito na arquibancada, com barulho de argentinos e colombianos. Em campo, demorou até para ter alguma finalização. Teve até discussão nos bancos. O auxiliar de Gerardo Martino, Jorge Pautasso, foi até expulso.
A Colômbia cresceu um pouco e teve boas chances. Em uma, James ficou de frente para o gol, mas não chutou. Veio o escanteio e Jackson cabeceou bem, mas Romero defendeu. Depois no contra-ataque, o camisa 10 dos Cafeteros desperdiçou grande oportunidade. Então os técnicos resolveram mexer.
Saíram os dois centroavantes, Jackson e Agüero. Entraram Falcao García e Tevez, ídolos das torcidas. Mas quem quase marcou foi outro que entrou: Banega. Lindo chute, mas foi na trave. Pouco depois foi a vez de Otamendi. Ospina brilhou e foi também no poste. O jogo se encaminhava para os pênaltis. A Argentina ainda criou uma grande chance. Tevez encobriu o goleiro e Murillo tirou quase em cima da linha. Mas ficou mesmo no 0 a 0.
Se durante o jogo a Argentina pressionou enormemente, nos pênaltis, o equilíbrio tomou conta, com as duas seleções acertando as seis primeiras cobranças. Na sétima, o colombiano Muriel isolou a bola e deu a chance que os argentinos precisavam. Na cobrança seguinte, Ospina não defendeu por questão de centímetros, mas, no último pênalti, o argentino Biglia mandou para fora, mantendo a igualdade em 4 a 4.
As duas seleções ainda erraram as primeiras cobranças alternadas. Restou para Tevez, que errou o pênalti que eliminou a Argentina na última Copa América, cobrar. Desta vez ele fez, e definiu a classificação, por 5 a 4.