Aumento de clubes dá nova cara para Libertadores

Aumento de clubes dá nova cara para Libertadores

Duração do torneio aumenta de 27 para 42 semanas

Chico Izidro

Atlético Nacional conquistou a Libertadores em 2016

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Nos primeiros anos da Libertadores da América, entre 1960 e 1964, apenas os campeões de Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia e Bolívia tinham lugar na competição. A partir de 1965, o torneio cresceu, chegando a 20 equipes, incluindo os vice-campeões. Foi só a partir de 2000 que o número de times começou a crescer de forma progressiva. Naquele ano, foram 32 concorrentes, que passaram a ser 36 em 2003, que, por sua vez, viraram 37 em 2005 e 38 em 2006.

Agora, a competição vislumbra um novo aumento no número de postulantes à taça mais desejada do futebol sul-americano. No começo deste mês, a Conmebol anunciou novas mudanças, tornando-a mais parecida com a Liga dos Campeões da Europa. A duração do torneio aumenta de 27 para 42 semanas, indo de fevereiro a novembro. Ao invés dos atuais 38 clubes, serão 44 a partir do ano que vem. Com o acréscimo de seis equipes, o Brasil sai como um dos mais beneficiados pelas alterações. O país terá direito a mais duas vagas, passando de cinco para sete o total de classificados.

As duas vagas a mais para a Libertadores desenharam, da noite para o dia, um novo cenário para o futebol brasileiro. A zona de classificação no Brasileirão engordou e o G-4 virou G-6. Agora, além do campeão da Copa do Brasil, que entra direto na fase de grupos, serão distribuídas seis vagas por meio do Campeonato Brasileiro. Os três primeiros têm caminho expresso à fase de grupos. Já os quarto, quinto e sexto colocados precisarão assegurar classificação em uma fase preliminar, que já ficou conhecida informalmente como Pré-Libertadores.

Também ganharam mais uma vaga Chile, Colômbia e Argentina. Os argentinos passam a ter seis equipes na competição, enquanto chilenos e colombianos terão quatro. Bolívia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela seguem com três cada. Existem, no entanto, rumores de que a Federação Mexicana pode retirar seus clubes por causa das diferenças com o calendário do futebol local e da Liga dos Campeões da Concacaf. Assim, as três vagas do país norte-americano, que tem representantes na Libertadores desde 1998, poderiam ser distribuídas para outros países do continente.

O novo formato também traz mudanças na Copa Sul-Americana, que passará a receber equipes eliminadas na primeira fase da Libertadores, em um modelo semelhante ao que já acontece com os terceiros colocados da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, que vão disputar a Liga Europa. A Copa Sul-Americana será disputada de junho a dezembro, com 54 participantes, sendo seis vagas fixas para o Brasil.

Final única está mantida em 2017

Motivo de polêmica quando anunciadas as mudanças na Libertadores a partir de 2017, a final em jogo único será mantida para a próxima temporada. Inicialmente, a Conmebol cogitou fazer a decisão em um campo neutro, com apenas uma partida, aos moldes do adotado na Europa. Este método encontrou resistências por diversos fatores, como a distância entre alguns países. A possibilidade de acabar com a final em jogo único no futuro, porém, segue em aberto.

“Claro que a final em jogo único requer um plano de primeiro nível para garantir a excelência em termos de logística, infraestrutura, segurança, mobilidade e organização de eventos. Também escutamos as preocupações dos torcedores, e a Conmebol deve trabalhar para que haja alternativas de viagem e alojamento que permitam toda a paixão de uma final da Taça Libertadores chegue a qualquer cidade”, afirmou, em entrevistas, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, que vê na decisão em campo neutro elementos de supresa para o torcedor.

Afora a decisão a respeito da final e o número de participantes, a fórmula tem alterações na Pré-Libertadores, que agora tem duas fases: a primeira terá 16 clubes, que se enfrentarão em modelo mata-mata, com jogos de ida e volta. Os oito classificados nos primeiros duelos se enfrentarão no mesmo modelo, restando quatro times que vão à fase de grupos. O resto da competição não teve alterações em sua forma de disputa. Assim, a Libertadores continuará tendo 32 times divididos em oito grupos de quatro na fase de grupos.

Uma das mudanças que mais chamou a atenção, no entanto, está fora de campo. A vaga dos clubes sul-americanos à Libertadores não chegará apenas por meio dos resultados de campo. A Conmebol definiu que a partir de 2019, quem quiser disputar a Libertadores e a Copa Sul-Americana deve ter ambém uma equipe feminina. “O solicitante deverá ter uma equipe feminina ou associar-se a um clube que possua a mesma. Ademais, deverá ter ao menos uma categoria juvenil feminina, ou associar-se a um clube que possua a mesma”, afirma trecho do regulamento da entidade, que prossegue: “Em ambos os casos, o solicitante deverá prover suporte técnico e todo o equipamento e infraestrutura necessários para o desenvolvimento de ambas as equipes em condições adequadas”.

Portanto, as equipes femininas não poderão ser apenas decorativas, tendo que estar inscritas em competições organizadas pelas federações nacionais de cada um dos países participantes.

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