Barcelona vai do céu ao inferno na Liga dos Campeões

Barcelona vai do céu ao inferno na Liga dos Campeões

Equipe catalã foi alvo de críticas após eliminação para Roma

AFP

Imprensa espanhola não titubeou na hora de qualificar a terceira eliminação consecutiva do Barça nas quartas de final

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A dura eliminação nas quartas de final da Liga dos Campeões, com humilhante vitória da Roma por 3 a 0 na terça-feira, evidenciou as fragilidades de um Barcelona que se apoiava na genialidade de Lionel Messi e nos bons resultados para maquiar as debilidades. Líder isolado do Campeonato Espanhol com o título praticamente garantido, finalista da Copa do Rei e com vantagem de 4 a 1 no jogo de ida da Champions, a queda do Barcelona surpreendeu a todos.

"Fracasso sem desculpas", "Queda culé", "Fracasso total na Europa"... A imprensa espanhola não titubeou na hora de qualificar a terceira eliminação consecutiva do Barça nas quartas de final. "O conservadorismo de Valverde foi um conservadorismo que se elevou a sua enésima potência, uma falta de ambição imprópria para um time deste nível", considerou o diretor do jornal Sport, Ernest Folch, em sua coluna. 

"Não nos deixavam jogar"

Com a chegada de Valverde no comando da equipe, o Barça ganhou solidez em detrimento do ataque total, convertendo-se no segundo time com menos gols sofridos na Liga espanhola (16). No jogo contra a Roma, por outro lado, o time catalão sofreu em 90 minutos a mesma quantidade de gols de todos os nove jogos anteriores na Champions somados.

Mas o time segue sofrendo quando pressionam a saída de bola: "não tínhamos resposta, porque eles não nos deixavam jogar", afirmou Valverde após a partida. "Se não se pode jogar, é preciso buscar outra solução e não conseguimos", lamentou após o jogo o capitão Andrés Iniesta, que pode ter disputado sua última partida da Liga dos Campões diante da eventual saída para o futebol chinês na próxima temporada.

Na terça, a Roma superou o Barcelona em todas a linhas, deixando evidente o cansaço do clube espanhol na temporada. Apesar das milionárias contratações de Coutinho, Mina, Dembelé e Paulinho, Valverde fez poucos rodízios e "deu continuidade a um time quase fixo que em três meses e meio disputou 24 jogos", segundo o Mundo Deportivo. O treinador não hesita em fazer uso intensivo de nomes na casa dos 30 anos, como Piqué, Rakitic e Iniesta.

"Após o fiasco na Champions, chegou a hora de apostar na fome, nas pernas frescas, e não ter medo de deixar titulares do banco de reservas", escreveu Mundo Deportivo. "Sem personalidade, sem Messi e sem nenhum argumento, o Barça voltou a naufragar no Olímpico contra uma equipe imensamente superior que tirou os torcedores do Barcelona de um pedestal artificial", considerou o diário AS, apontando a 'Messi-dependêcia' como um dos fatores da queda.

O Barça "viveu toda a temporada agarrado em Messi e quando Messi não atuou como um gênio tudo veio abaixo", indicou o diretor adjunto de Sport, Lluís Mascaró, em sua coluna. Freado pelas faltas e pela boa defesa da Roma, o "10" pouco apareceu no Olímpico para tentar reverter o desastre.

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