Beckenbauer nega corrupção para Copa de 2006: "Fomos até o limite"
Ex-jogador alemão garantiu ter assinado o contrato às cegas
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primeira entrevista à tv desde desde as revelações publicadas pela revista Der Spiegel.
Ao ser perguntado se limites haviam sido ultrapassados durante a campanha, o ex-jogador da seleção alemã respondeu: "Quais limites? Não havia uma Comissão de Ética, podíamos nos comunicar diretamente com os membros do Comitê Executivo da Fifa. Sempre íamos ao limite. Eram outros tempos", em entrevista à emissora SKY, da qual é um dos comentaristas emblemáticos. Em relação ao polêmico pagamento de 6,7 milhões de euros à Fifa, o ícone do futebol alemão afirmou que o valor serviu apenas "para obter o financiamento de 250 milhões de euros" com a entidade que rege o futebol internacional.
Beckenbauer falou também do contrato assinado em 2 de julho de 2000, quatro dias antes da atribuição da sede da Copa do Mundo-2006, por ele e por Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf, banido da Fifa por corrupção, afirmando que "não há documento entre Warner e Beckenbauer, há sim um acordo entre a Federação Alemã e a Concacaf". "A única coisa que me preocupa é a data de 2 de julho. Isso leva a pensar que está ligado à corrupção", admitiu. "Se tivesse havido um "Caixa Dois" ou uma tentativa de corrupção, eu teria me dado conta", completou.
Em entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, Beckenbauer garantiu ter assinado o contrato às cegas. "Quando confio em alguém, eu assino sem olhar", continuou o ex-jogador, usando como exemplo seus 15 anos como presidente do Bayern de Munique. "Estou tranquilo", concluiu Beckenbauer, que será ouvido na terça-feira pela comissão de investigação externa da Federação Alemã.