Bianchi está em estado "crítico, mas estável", diz FIA

Bianchi está em estado "crítico, mas estável", diz FIA

Piloto francês sofreu grave lesão na cabeça durante Grande Prêmio do Japão

AFP

Bianchi sofreu uma grave lesão na cabeça durante o Grande Prêmio do Japão

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O piloto francês Jules Bianchi, que sofreu uma grave lesão na cabeça durante o Grande Prêmio do Japão, se encontra em estado "crítico, mas estável", informou nesta segunda-feira a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). "É preciso entender que o quadro dele é muito, muito grave", disse Matteo Bonciani, porta-voz da FIA, a jornalistas, no hospital de onde Bianchi está sendo tratado, perto do circuito de Suzuka.

Bonciani, que não é médico, fez a breve declaração em inglês, francês e italiano, a pedido dos pais de Jules, Philippe e Christine Bianchi, que chegaram ao hospital poucas horas antes, e deixaram claro que não estavam em condições de "falar com a imprensa".

Jules Bianchi, de 25 anos, perdeu o controle do carro a 11 voltas do fim da prova, na pista molhada do circuito de Suzuka e bateu na parte traseira de um guindaste. O piloto sofreu uma grave lesão na cabeça e foi submetido a uma cirurgia poucas horas depois da batida. A corrida foi suspensa e o britânico Lewis Hamilton saiu com a vitória, mas não houve festa de comemoração.

O anúncio da FIA é o primeiro desde que a operação foi realizada. Antes disso, pessoas próximas ao piloto que estavam no hospital se recusavam a fazer comentários e a Marussia, escuderia do francês, pediu "paciência e compreensão" à respeito da divulgação de boletins oficiais de saúde.

De acordo com Marc Saramito, médico especialista em esportes mecânicos, este tipo de lesão na cabeça faz com que o piloto corra risco de vida durante 48 horas depois do acidente, e é preciso mais uma semana para que sejam identificadas eventuais sequelas. O Japão é um dos países de ponta na neurocirurgia e outro fator de otimismo é a perfeita forma física de Bianchi, atleta de alto nível que nunca sofreu lesões semelhantes no passado.

 O francês perdeu controle do carro na 42ª volta, enquanto estava usando pneus intermediários, colocados na 24ª volta, portanto provavelmente bastante usados, numa pista muito molhada pela chuva ter ficado mais intensa nos minutos anteriores. Ele estava indo em direção aos boxes para colocar de volta pneus de chuva, mas não conseguiu completar a volta. Outro agravante foi a visibilidade, muito ruim naquela seção do circuito, a curva número 7. De acordo com o alemão Adrian Sutil, que perdeu controle do carro no mesmo local minutos antes, a noite estava caindo e as poças de água era difíceis de ser identificadas.

Outro fator crucial foi justamente a presença do guindaste na pista naquele momento, para retirar o carro de Sutil.
Foi este tipo de fatalidade que provocou outro terrível acidente da Marussia, envolvendo a piloto espanhola Maria de
Villota, na Inglaterra.  Durante uma sessão de treinos privados, o carro, por um motivo desconhecido, perdeu a direção e foi parar na traseira de um caminhão. A espanhola perdeu um olho e morreu três meses depois, provavelmente por causa das lesões sofridas na batida.

O último acidente grave ocorrido em corrida tinha acontecido em julho de 2009, quando o brasileiro Felipe Massa foi
atingido na cabeça por uma peça de suspensão do carro do compatriota Rubens Barrichello. O paulistano teve o capacete destruído e levou um grande susto, mas acabou se recuperando bem e voltou a competir na temporada seguinte. Graças a vários progressos realizados em termos de segurança, nenhum piloto morreu em corrida desde o falecimento trágico de Ayrton Senna, em 1994.

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