Bilionário financia Mazembe e mantém destaques da equipe no Congo
Craque do time, Tresor Mputu ficou fora do Mundial por estar suspenso pela Fifa
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O adversário da Inter de Milão na final do Mundial vem de Lubumbashi, na região sul-oriental da província de Katanga, que tem uma história de separatismo e experimentou alguns dos piores combates da guerra, entre 1998 e 2003. Os conflitos acontecem pela disputa por diamantes, ouro e cobre abundantes na região. Nos últimos anos, no entanto, a região tem desfrutado de relativa paz em grande parte graças ao popular governador, Moise Katumbi, um bilionário que, entre outras coisas financia e mantém grandes jogadores no Mazembe, que no ano passado encerrou a sua participação no Mundial com um modesto sexto lugar.
"O futebol é algo muito bom para as crianças. Mantém elas longe das coisas ruins", disse Katumbi em entrevista à CNN. "Eles (jogadores) podem ajudar o país, a equipe nacional, e ajudar também as suas famílias, porque hoje você pode ver o dinheiro que está indo para o futebol é uma loucura”, completou. Entre os jogadores mantidos pelo "dono" do Mazembe está o capitão da equipe, o atacante Tresor Mputu, que está suspenso e não enfrentou o Inter na semifinal do Mundial. O jogador foi punido por um ano pela Fifa, após agredir um juiz em agosto, durante jogo da Copa dos Campeões da África. Além do capitão, os meias Guy Lusadisu e Sunzu, também suspensos - o segundo por expulsão na partida contra o Pachuca nas quartas de final do Mundial – desfalacaram o Mazembe na semifinal contra o Inter.
Confira o lance da agressão que tirou Tresor Mputu do Mundial:
Apontado como o "novo Samuel Eto'o", Mputu já recebeu proposta dos times escoceses Celtic e Rangers de 2,5 milhões de libras (R$ 6,7 milhões). Todas bancadas por Moise Katumbi, que paga salários altíssimos para manter os atletas no TP Mazembe. Conforme informações da CNN, os salários dos atletas circulam na faixa de 3 mil dólares por semana. Pequeno se comparado aos milionários proventos de D'Alessandro e companhia, mas altíssimo para país cuja faixa anual de salário circula entre os 120 dólares.
Graças ao investimento, o clube alcançou feito inédito no Mundial de Clubes. Mas vem mais por aí. "Temos mais de 2 mil meninos na nossa academia, treinando para ser o novo Messi, ou próximo Ronaldinho. Eu gosto de fazer programas sociais para o povo, é por isso que eu estou no futebol. Futebol é social”, finalizou Moise Katumbi à CNN.
Veja os principais lances e gols de Tresor Mputu:
Veja o vídeo da comemoração da torcida do Mazembe após a vitória sobre o Inter: