Brasil aposta em Jaqueline para manter embalo no Mundial
Seleção feminina de vôlei estreia hoje na segunda fase da competição
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Invicta após cinco jogos, a equipe do técnico José Roberto Guimarães estreia nesta quarta-feira na segunda fase, contra o Cazaquistão, às 15h (de Brasília), em Verona. E o grupo aposta no bom desempenho ofensivo da jogadora para manter o embalo.
Embora seja apenas a 21ª maior pontuadora do Mundial, a brasileira aparece com 52,13% de aproveitamento no ataque, seguida pela chinesa Zhu e pela russa Kosheleva. Curiosamente, a oposto Sheilla, que tem o fundamento como especialidade, está apenas em 29º (39,82%). "Tento ajudar em qualquer coisa. Todas temos dias de glória. Sei que minha função é passar, defender, dar volume. O que vier depois é lucro. O fato de me destacar no ataque mostra que estou no caminho certo", disse a bicampeã olímpica
No fundamento que melhor domina, Jaqueline também é a brasileira mais bem posicionada. Ela é dona da 15ª melhor recepção, com 51,72% de eficiência. Entre as defensoras, está em 11º lugar. O ranking tem a líbero Camila Brait em segundo, atrás da tailandesa Buakaew. A imaturidade de quem já foi novata deu lugar a novo papel. "É muito bom saber que você tem uma experiência a passar. Falta esse título e temos um objetivo grande. As mais velhas e as mais novas estão focadas. Tenho certeza de que tudo vai dar certo", afirmou a ponteira.
Jaqueline batalha com unhas e dentes não só para conquistar a maior taça que lhe falta, mas para dedicar a medalha ao filho Arthur, de nove meses. Após o Mundial, ela está decidida a focar na família, mesmo que abra mão das quadras na próxima temporada nacional. "Vou me sacrificar nesse tempo que falta para o Mundial e, depois, quero aproveitar só o meu filho", afirmou.
Além do Cazaquistão, o Brasil terá pela frente Holanda, Rússia e Estados Unidos, pelo Grupo F. À medida que a competição avança, os principais obstáculos se aproximam. E a atleta, que perdeu as decisões de 2006 e 2010, não tem dúvidas ao apontar os maiores perigos.
Desafio só começa a valer agora
O desafio eletrônico para tirar dúvidas de marcações da arbitragem só começa a valer a partir de hoje no Mundial Feminino, por decisão da FIVB. Os técnicos terão direito a dois pedidos por set, o que deve ocorrer no máximo até cinco segundos após o lance questionado terminar.
No masculino, a tecnologia foi usada desde a primeira rodada. O Brasil começa a segunda fase em terceiro lugar geral, com oito pontos, atrás de China e Estados Unidos.