Caso Robinho: relembre outros jogadores que também foram presos

Caso Robinho: relembre outros jogadores que também foram presos

Exemplos vão desde acusações sobre envolvimento com o tráfico de drogas até penas por assassinato

Carlos Correa

Goleiro Bruno foi preso em 2010 acusado de envolvimento no assassinato da namorada

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A prisão de Robinho, efetuada nessa quinta-feira à noite, é o caso mais recente de jogadores e ex-jogadores de futebol que também acabaram presos em algum momento, seja durante ou após o fim da carreira. Na maioria dos casos, a passagem acaba sendo mais curta do que o previsto pela Justiça, mas de uma forma ou outra, marca a carreira dos atletas.
A relação abaixo não inclui aqueles acusados da falta do pagamento de pensão alimentícia para filhos e ou ex-mulheres. Não porque não seja um delito grave, mas porque a lista seria imensa, tamanhos os casos verificados nos últimos anos.

BRUNO
O ex-goleiro do Flamengo talvez seja o caso que ganhou mais notoriedade no Brasil, tanto pela gravidade do crime cometido como pelo fato de ter sido de fato condenado - e cumpriu a pena. O jogador era uma das estrelas do Flamengo em 2010, quando foi preso, suspeito de envolvimento no assassinato da namorada, a atriz Eliza Samúdio. O caso teve ampla repercussão nacional e os detalhes do crime eram chocantes. Ao final do julgamento, Bruno foi condenado a 22 anos em regime fechado. Em 2017, ele recebeu um habeas corpus e assinou com o Boa Esporte, de Minas Gerais. A reação, como era de se esperar, foi negativa para o clube, que perdeu patrocínios. Bruno jogou apenas cinco partidas pela equipe. Também foi contratado pelo Poços de Caldas (MG) e Rio Branco (AC), mas mais uma vez pouco jogou. Entrou em campo, respectivamente, uma e sete vezes. Anunciou a aposentadoria em 2021 para se dedicar à carreira de investidor.

EDMUNDO
Em 1995, Edmundo já era um dos maiores nomes do cenário do futebol brasileiro, com passagens por Vasco e Palmeiras. Em 1995, à época no Flamengo, envolveu-se em um acidente de trânsito que terminou com três vítimas fatais. Quatro anos mais tarde, o jogador foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto. No entanto, a reclusão não passou de um dia. Chegou a ser preso, mais uma vez apenas por um dia, em 2011, relacionado ao mesmo caso. Naquele mesmo ano, no entanto, a Justiça considerou que o crime havia prescrito.

Cuca foi detido na Suíça, em 1987, durante uma excursão do Grêmio à Europa | Foto: CARLOS RHIENCK/HOJE EM DIA/CP

CUCA
Recentemente anunciado como novo técnico do Athletico-PR, Cuca viu um caso em que esteve envolvido nos anos 1980 ganhar as manchetes novamente nos últimos anos. Em 1987, o jogador participava de uma excursão do Grêmio na Suíça quando ele, junto de outros três atletas do clube - Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi - foram presos acusados de estupro de uma jovem menor de idade. Os quatro ficaram quase um mês detidos em uma prisão suíça até que o clube conseguiu suas liberações e todos voltaram ao país. Dois anos depois, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a um ano e três meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. No entanto, por já estarem no Brasil e o país não extraditar seus cidadãos, a pena nunca foi cumprida. Há poucos dias, o treinador leu um depoimento em que se compretia a tomar novas atitudes que auxiliem na busca por uma sociedade em que a violência contra a mulher seja combatida de forma mais eficaz.

DANIEL ALVES
Dos famosos, é um dos casos mais recentes. Em termos de títulos, um dos jogadores mais vencedores da história do futebol brasileiro, Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio em regime fechado pela justiça espanhola por ter estuprado uma mulher em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022. O jogador ficou 14 meses em prisão preventiva até que o julgamento fosse feito. No entanto, uma vez definida a pena, foram poucos dias até que a mesma justiça espanhola concedesse liberdade provisória mediante o pagamento de uma multa de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões). Até o momento, como o pagamento ainda não foi feito, segue detido na prisão espanhola.

Ronaldinho Gaúcho foi preso no Paraguai em meio à pandemia da Covid-19, em 2020 | Foto: LUIZ COSTA / JORNAL HOJE EM DIA / CP MEMÓRIA

RONALDINHO GAÚCHO
Em meio à pandemia da Covid-19, em 2020, uma notícia pegou a todos de surpresa: Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis, haviam sido presos no Paraguai. A alegação é de que ambos utilizaram passaportes falsos para entrar no país vizinho. Ambos acabaram detidos e ficaram 171 dias no quartel da Polícia Nacional paraguaia, conhecido como "Agrupación Especializada", e mais cinco meses em prisão domicial em um hotel até serem liberados, em 25 de agosto daquele ano e retornarem ao Brasil.

FREDDY RINCÓN
Ídolo no Corinthians e no Palmeiras, o meia que brilhou pela seleção colombiana foi preso em 2007, em São Paulo, por tráfico de drogas e associação ao narcotráfico. A prisão ocorreu no Brasil, mas a ordem havia partido do Panamá, que emitira uma ordem à Interpol. Rincón ficou detido quatro meses até responder o restante do processo em liberdade. Foi novamente acusado dos mesmos crimes em 2015, mas desta vez não acabou detido e em 2016 foi absolvido pela Justiça. Em 13 de abril de 2022, faleceu em Cáli, em consequência de um grave acidente de carro.

HIGUITA
Um dos mais folclóricos goleiros da história do futebol, René Higuita fez parte daquela que é considerada a melhor geração do futebol colombiano, ao lado de nomes como Rincón, Valderrama e Asprilla. Era um dos nomes certos para a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. No entanto, a prisão em 1993, em Bogotá, mudou tudo. O jogador foi acusado de participação em um sequestro, com envolvimento também de personagens ligados aos cartéis de drogas colombianos. Higuita defende-se afirmando que apenas foi utilizado como mediador da libertação da filha de um dos chefes de cartel à época, Carlos Molina. Ficou sete meses na cadeia.

Jogador iraniano escapou da pena de morte, mas foi condenado a mais de 20 anos de prisão | Foto: Reprodução Instagram / CP

AMIT NASR-AZADANI
Um dos casos que mobilizou vários astros do futebol envolve Amir Nasr-Azadani. O jogador iraniano foi acusado em janeiro do ano passado de ter assassinado dois integrantes das forças de segurança do governo iraniano na cidade de Mashhad durante protestos pelos direitos das mulheres naquele país. Foi sentenciado a morte por enforcamento. Seja pela pressão externa ou não, que alegava ser a decisão mais política do que qualquer coisa, a justiça iraniana acabou mudando a pena e transformando-a em 26 anos de prisão em regime fechado.


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