CBF pedirá a Fifa autorização para usar árbitro de vídeo
Projeto foi desenvolvido pela Comissão Nacional de Arbitragem e será apresentado em 14 de outubro
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“O AV atuará com base em imagem televisiva simultânea e com possibilidade de imediato replay. A comunicação com os árbitros será feita por ponto eletrônico”, disse o ex-árbitro e instrutor técnico da Escola Nacional de Arbitragem, Manoel Serapião Filho.
Serapião Filho será o responsável pelo programa de implantação da tecnologia e viajará para Londres no próximo dia 14 de outubro para participar do Painel Técnico Consultivo da IFAB (International Football Association Board), o órgão que regulamenta as regras do futebol. Na oportunidade, a Fifa irá analisar se libera o AV para a CBF.
O árbitro de vídeo poderá interferir nas seguintes ocasiões:
a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol;
b) Saídas da bola pela linha de meta, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti;
c) Definição do local de tiros livres diretos, ocorridos nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti;
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas de modo claramente equivocado
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na mesma jogada haja gol ou pênalti;
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.
A definição sobre a utilização do AV ocorreu na noite de quinta-feira durante reunião da CBF com a Comissão Nacional de Clubes (CNC), na sede da instituição. “A CBF e os clubes brasileiros entenderam que chegou o momento de introduzirmos uma medida inovadora para seguir aperfeiçoando o sistema de arbitragem na sua permanente busca pela justiça e pela verdade dos fatos. Estamos presenciando um momento histórico”, afirmou o secretário-geral Walter Feldman.
O projeto foi desenvolvido pela própria Comissão Nacional de Arbitragem. “É importante dizer que a tecnologia não evitará todos os equívocos de arbitragem, pois a atuação do AV somente se dará para evitar erros claros, indiscutíveis e que tenham influência no resultado da partida. A comissão está muito satisfeita em participar deste processo de evolução da arbitragem”, declarou o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem Sérgio Corrêa.