Cheia altera rotina de treinos de equipe de remo
Águas tomaram conta da Ilha do Pavão, onde time do Grêmio Náutico União realiza treinamentos
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Não é preciso mais do que alguns segundos na Ilha do Pavão, onde acontecem os treinamentos, para perceber as mudanças. As águas tomaram conta das margens da ilha, ao ponto de ter sido improvisado um trapiche ligando a garagem ao píer. Do contrário, os remadores teriam que caminhar com a água pela cintura.
Uma vez no Guaíba, os atletas lidam com condições bastante distintas do habitual. A principal delas está relacionada com a densidade da água, que exige mais força dos remadores. "A remada fica mais pesada, já que a água vem mais embarrada, cheia de sedimentos", explica o treinador Luciano Souza, do GNU.
O espaço de treinamento também fica mais restrito para evitar os trabalhos onde o volume (e a velocidade) da água é maior ao desembocar no Guaíba por meio de um dos canais, o que dificulta a tarefa de manter a direção de forma mais correta. Além disso, há o risco de algum tronco de árvore bater em um dos barcos, o que pode causar inclusive a quebra de um casco. "Atrapalha. Não chega a ser um limitador para os treinos, mas atrapalha sim", afirma Sousa.