China organizará Mundial de Clubes em 2021

China organizará Mundial de Clubes em 2021

País foi eleito durante uma reunião do Conselho da Federação Internacional de Futebol em Xangai

AFP

Gianni Infantino confirmou que a China sera a sede do Mundial de Clubes de 2021

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A China organizará o Mundial de Clubes de 2021, que terá um novo formato com 24 equipes, informou nesta quinta-feira o presidente da Fifa, Gianni Infantino, confirmando o peso do mercado asiático no futebol mundial. Será a primeira edição da competição com 24 equipes (hoje é disputada com 7 clubes), um formato promovido pelo próprio Infantino. O dirigente confirmou ainda que o novo torneio terá oito times da Europa. O anúncio foi feito ao término de uma reunião do Conselho da Federação Internacional de Futebol, em Xangai, cujos membros escolheram o gigante asiático "por unanimidade", declarou Infantino.

Crescente peso da China

Esta escolha escancara a crescente influência da China no futebol e poderia abrir o caminho para que o país organize no futuro uma Copa do Mundo, um sonho antigo do presidente chinês Xi Jinping e de milhões de fãs no país de maior população do mundo. Infantino confirmou que a China apresentou a única candidatura de peso para o evento, que reunirá em junho de 2021 as maiores estrelas do futebol. "É uma decisão histórica para o futebol", declarou o presidente da Fifa. "Será uma competição que cada pessoa, cada criança que gosta de futebol espera com impaciência". 

A China, segunda maior economia do mundo, ganha influência aos olhos da Fifa. O conglomerado chinês Wanda é um dos principais patrocinadores da Fifa, enquanto a fabricantes de celulares Vivo patrocina a Copa do Mundo. A seleção chinesa, porém, é apenas o 68º colocada do ranking Fifa e Pequim fez do desenvolvimento do futebol uma prioridade nacional, com objetivo final de um dia sediar e conquistar a Copa do Mundo. Mark Dreyer, especialista em esporte chinês, lembrou da ampla experiência do país na organização de grandes eventos internacionais. "Mas temo que outros candidatos (para sediar a Copa do Mundo de 2030) possam usar esta escolha (do Mundial de Clubes) contra a China", ponderou. "Esses países podem falar: os chineses já conseguiram algo da Fifa, então temos que dar a Copa do Mundo para outro". 

Ensaio no Catar antes da Copa 

Gianni Infantino, reeleito em junho para um segundo mandato à frente da Fifa, já afirmou que espera "50 bilhões de dólares" em receitas comerciais para o Mundial de Clubes de novo formato. As edições 2019 e 2020 da competição acontecerão no Catar. O país do Golfo aproveitará os torneios para testar e aperfeiçoar a infraestrutura e a logística para a Copa do Mundo de 2022. 

Infantino também foi questionado sobre se os jogadores terão que se autocensurar durante a competição na China, uma dúvida que surgiu devido à recente polêmica de um tuíte de um dirigente da NBA apoiando as manifestações pró-democracia em Hong Kong. "Todo mundo poderá dizer o que quiser", respondeu Infantino. A Fifa também anunciou nesta quinta-feira que duplicará seu orçamento para o futebol feminino e investirá 1 bilhão de dólares na modalidade nos próximos quatro anos.


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