Cidade de Osaka rejeita receber revezamento da tocha olímpica por causa da Covid-19

Cidade de Osaka rejeita receber revezamento da tocha olímpica por causa da Covid-19

AFP

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O revezamento da tocha olímpica deve evitar a grande cidade de Osaka (oeste do Japão), devido a um novo aumento dos contágios por coronavírus, disseram o governador local e o prefeito nesta quinta-feira. "Penso, pessoalmente, que o revezamento da chama olímpica na cidade de Osaka deve ser anulado", afirmou o governador Hirofumi Yoshimura, destacando que "os pedidos para saídas não essenciais e urgentes (da população) devem ser escrupulosamente respeitados durante o período das medidas mais estritas".

Jornais locais relatam que o prefeito da cidade, Ichiro Matsui, também pediu que o revezamento evite a cidade. "É muito triste que o revezamento da chama olímpica tenha que ser anulado", disse ele, segundo o jornal Nikkei. Horas depois, o primeiro-ministro Yoshihide Suga sugeriu que uma decisão definitiva sobre a passagem da tocha por Osaka já havia sido tomada.

"A decisão é que foi anulada?", questionaram os repórteres. "O que eu sei é que foi anulada após conversas entre a organização dos Jogos de Tóquio 2020 e o comitê de revezamentos da chama de Osaka", continuou.

A organização de Tóquio-2020 classificou as informações comunicadas pelo chefe de governo japonês como "não reais". Mais cedo, após as declarações do governador e do prefeito de Osaka, a organização dos Jogos de Tóquio havia afirmado que adiaria o anúncio dos portadores da tocha, assim como os detalhes do trajeto na prefeitura de Osaka. O anúncio seria hoje.

"Continuaremos tendo conversas próximas com as autoridades municipais de Osaka sobre os revezamentos da chama olímpica e nos esforçaremos para anunciar o resultado o quanto antes", explicou. O governo japonês se prepara para impor novas medidas para enfrentar a covid-19 em algumas áreas de Osaka e em outras duas regiões.

Novas restrições

O revezamento da chama olímpica começou em 25 de março em Fukushima (nordeste do Japão). Os organizadores esperam que ajude a criar entusiasmo em torno do evento esportivo, duramente atingido pela crise global de saúde. Inicialmente, a proposta era que a chama atravessaria o departamento de Osaka em 13 e 14 de abril, começando pela cidade de Sakai e terminando em Osaka.

Durante o trajeto, as regras exigem que os espectadores usem máscara e evitem torcer pelos atletas com a tocha. A organização garantiu que etapas poderão ser anuladas, se houver risco de aglomeração. As infecções por coronavírus aumentaram nos departamentos de Osaka, Hyogo (oeste) e Miyagi (nordeste).

Nas próximas horas, o governo vai anunciar oficialmente novas restrições nestas regiões. Isso permitirá às autoridades locais solicitar a alguns estabelecimentos comerciais que antecipem seu horário de fechamento, sob pena de multa. Adiadas por um ano devido à pandemia, as Olimpíadas de Tóquio serão realizadas de 23 de julho a 8 de agosto.

Pela primeira vez na história olímpica, não haverá espectadores estrangeiros neste evento, na tentativa de limitar os contágios por covid-19. É provável que limites sejam impostos nas sedes dos Jogos para os torcedores que vivem no Japão.

 

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