Clubes do Interior dividem-se sobre a expectativa do retorno do Gauchão

Clubes do Interior dividem-se sobre a expectativa do retorno do Gauchão

Alguns times sofrem desmanches no elenco, como Pelotas e São Luiz, e outros têm esperança de voltar a jogar, como Aimoré

Chico Izidro

Pelotas decidiu pela liberação de seu grupo de jogadores na terça-feira

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Após o Pelotas decidir pela liberação de seu grupo de jogadores na terça-feira, se esperava que na quarta os demais clubes do Gauchão seguissem pelo mesmo caminho. Não foi, no entanto, o que ocorreu − pelo menos, não em todos os casos. Como a próxima reunião da Federação Gaúcha de Futebol, cujo principal objetivo será definir pela continuidade ou não do campeonato, está marcada para o dia 20 deste mês, os clubes dividem-se entre aqueles que ainda têm e aqueles que já abandonaram a esperança de voltar a jogar uma partida pelo Gauchão em 2020.

Dos 12 times participantes da elite, apenas Aimoré, Esportivo e Novo Hamburgo não possuem competições nacionais no segundo semestre −adisputa da Copa RS segue sendo uma incógnita. Pelo calendário original da FGF, a segunda partida da final do Gauchão seria 26 deste mês.

O presidente do Aimoré, Ronaldo Vieira, está otimista em relação à continuidade do Gauchão. Ele contou que os contratos de alguns jogadores terminam hoje. Outros se encerram nos próximos dias e, outros ainda, no final do mês. E, de acordo com ele, os demais clubes também têm interesse em concluir o Gauchão. Assim, ele tem conversado com os atletas com contratos encerrando para fazer um acordo, uma ampliação por mais 30 dias. “Não deixando os contratos terminarem, podemos aditar por mais um mês”, explicou.

“Temos de ter um grupo para voltar em maio”, destacou. “Queremos brigar pelo título do Interior”, seguiu o presidente. Hoje o Aimoré está brigando com o Esportivo e o Ypiranga pela taça.

Em Ijuí, o presidente do São Luiz, Pedro Pittol, vai no caminho contrário. “Não acredito no retorno da competição”, disse. Na terça-feira, o clube dispensou seis jogadores que queriam retornar para as suas cidades de origem. “E agora no dia 30 deste mês, se encerram metade dos contratos dos jogadores do elenco. A outra metade tem acordo até o final do ano, pois vamos disputar a Série D do Brasileiro”, revelou.

Pittol disse que “o Gauchão foi para o saco. Não acredito em sua volta. Talvez só em setembro ou outubro. E a nossa situação só tende a piorar. Não temos como fazer receita, não existe patrocínio. A previsão é de quebra dos clubes”, lamentou.


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