Condenado, Daniel Alves pode deixar prisão na Espanha em maio deste ano
Defesa do atleta irá recorrer da sentença de quatro anos e seis meses de prisão
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Ainda que tenha sido condenado a quatro anos e seis meses de prisão por estupro, Daniel Alves poderá deixar o Centro Penitenciário Brians 2 em maio deste ano. A informação é um dos destaques desta quinta-feira no site do jornal Marca, da Espanha. O texto explica que uma série de benefícios pode fazer com que ele saia em liberdade de forma antecipada.
Horas depois do anúncio da sentença, a advogado do atleta, Inés Guardiola, afirmou que a sua equipe entrará com recurso da condenação.
Preso desde janeiro de 2023, Daniel Alves já cumpriu um ano, um mês e dois de prisão. Conforme, o Marca, quando completar um terço da pena, ele poderá pedir ao juiz de Vigilância Penitenciária benefícios prisionais, como saída de final de semana, podendo apenas dormir na prisão. Outra medida que pode ser solicitada aponta que Daniel Alves poderia passar apenas oito horas do dia na prisão.
Volta ao Brasil
No horizonte de Daniel Alves, há ainda a possibilidade de ser extraditado ao Brasil. À reportagem do Marca, o advogado Agustín Martínez explicou que a sentença divulgada nesta quinta-feira supõe a liberação quase que imediata do jogador. Como não foi condenado a mais de cinco anos, a lei impõe a expulsão do atleta por se tratar de um estrangeiro.
Condenação
Na decisão publicada duas semanas após o fim do julgamento de Daniel Alves, os magistrados consideraram que "está provado que a vítima não consentiu e que existem elementos de prova, além do depoimento da denunciante, para entender como comprovado o estupro".
O tribunal também determinou cinco anos adicionais de liberdade condicional, uma ordem de restrição para que ele não se aproxime da vítima por nove anos e meio e o pagamento de uma indenização de 150 mil euros (pouco mais de R$ 800 mil).
Agressão e estupro
Alves foi acusado de estuprar uma jovem em um banheiro da boate Sutton de Barcelona na madrugada de 30 para 31 de dezembro de 2022.
Segundo a acusação do MP, o ato aconteceu em uma área reservada do estabelecimento, onde Alves – que era frequentador assíduo da boate e estava no local com um amigo – teria conhecido a mulher, que estava acompanhada de uma prima e uma amiga.
Depois de convidá-las para tomar um champanhe, o ex-lateral da Seleção Brasileira teria convidado a jovem a seguir para outra área exclusiva, onde ficava o pequeno banheiro, do qual a vítima não tinha conhecimento.
No local, segundo o MP, Alves a agrediu e a forçou a ter relações sexuais, apesar da resistência da jovem.
A promotora Elisabet Jiménez considerou durante o julgamento que a mulher apresentou uma "história absolutamente crível" desde o início das investigações. E destacou que Alves usou a "violência" para forçar a jovem, que "fez o que pôde" para tentar fugir.
