Chefão do futebol asiático defende Catar diante das críticas

Chefão do futebol asiático defende Catar diante das críticas

Desde que concedeu a Copa do Mundo ao Catar em 2010, a Fifa foi criticada por grupos de direitos humanos

AFP

Bandeira do Catar antes da partida contra o Equador na abertura da Copa do Mundo

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O presidente do futebol asiático, xeque Salman bin Ibrahim Al Khalifa, defendeu nesta quinta-feira (24) a organização da Copa do Mundo do Catar, após as fortes críticas em relação ao respeito aos direitos humanos no país-sede, que se intensificaram nos últimos anos.

O xeque, que comanda a Confederação Asiática de Futebol (AFC) desde 2013, respondeu com um provérbio: "A caravana passa... E vocês podem completar o resto".

Ele quis dizer que, apesar das críticas, o torneio segue adiante.

"A organização da Copa do Mundo é maravilhosa e o ambiente é positivo. Não há nenhum problema no nível da infraestrutura e dos estádios no Catar", afirmou o dirigente do Bahrein, cuja confederação conta com 47 países-membros dos 211 filiados à Fifa, entre eles o Catar.

"Esta Copa será uma das mais exitosas", acrescentou Salman bin Ibrahim Al Khalifa.

Desde que a Fifa concedeu a Copa do Mundo ao Catar em 2010, o primeiro país árabe a sediar a competição, a entidade foi criticada por grupos de direitos humanos pelo tratamento aos trabalhadores estrangeiros, à comunidade LGBTQ+ e às mulheres no país.

Essas acusações foram enfaticamente negadas pelas autoridades, que afirmam ter reformado a legislação trabalhista, e pelos organizadores da Copa do Mundo do Catar, que garantem que os membros da comunidade LGBTQ+ seriam recebidos sem discriminação, em detrimento das normas que criminalizam relacionamentos homossexuais neste pequeno país muçulmano conservador.

Na quarta-feira, durante a tradicional foto antes do início da partida contra o Japão, os jogadores alemães colocaram as mãos sobre a boca, em sinal do silêncio imposto, enquanto a federação alemã enviou um comunicado contundente nas redes sociais para deixar claro que "direitos humanos não se negociam".

O Catar sediará a Copa da Ásia de 2023, depois que a China anunciou sua desistência em maio devido à pandemia de covid.

A Copa da Ásia é realizada a cada quatro anos. O Catar conquistou o troféu na última edição, em 2019, organizada nos Emirados Árabes Unidos.


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