Confira os principais destaques das seleções para a Copa do Mundo Feminina

Confira os principais destaques das seleções para a Copa do Mundo Feminina

Edição na Austrália e na Nova Zelândia será a primeira com 32 equipes

Victória Rodrigues*

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A bola ainda não rolou na Copa do Mundo Feminina, mas a edição na Austrália e na Nova Zelândia já é histórica. Pela primeira vez, o Mundial será realizado com 32 equipes, divididas em oito grupos com quatro seleções. O novo formato é um reflexo da modalidade no mundo. No Grupo F, o Brasil enfrentará França, Jamaica e Panamá.

O Correio do Povo preparou um manual, grupo a grupo, com os principais destaques das outras chaves. 

Grupo A

O Grupo A traz, além de uma das anfitriãs, a Nova Zelândia, também uma seleção com potencial de ir longe na competição, a Noruega, campeã em 1995. Lideradas pela atacante Ada Hegerberg, dona do primeiro prêmio Bola de Ouro distribuído, em 2018, as norueguesas surgem como francas favoritas na chave, ainda que tenham sofrido uma goleada de 8 a 0 para a Inglaterra no ano passado, pela Euro. A segunda vaga deve ser disputada entre a Nova Zelândia e a Suíça, com um pouco mais de chance para as europeias. A seleção das Filipinas, em seu primeiro Mundial, entra como zebra no grupo.

Grupo B

Provavelmente o mais parelho de todos na Copa, o Grupo B tem a anfitriã Austrália contando com o apoio entusiasmado da torcida das Matildas, como é conhecida a seleção. As maiores esperanças estão jogadas nos pés da atacante Sam Kerr, de 29 anos, que atua pelo Chelsea, na Inglaterra. A jogadora tem tanto cartaz dentro como fora de campo. Prova disso é que esteve presente até na coroação do Rei Charles III, carregando a bandeira australiana. O problema é que o sorteio não foi dos mais generosos e a chave conta ainda com forças como o Canadá, campeão olímpico em Tóquio-2020 e que tem destaques como Adriana Leon e Jordyn Huitema, além da experiente Christine Sinclair, de 40 anos. Resta saber como vem a seleção, que fez greve no início do ano por igualdade salarial. O grupo ainda tem a Nigéria, que aposta no talento de Asisat Oshoala e da jovem atacante Gift Monday, de 21 anos, e a Irlanda, que corre por fora, mas pode surpreender.

A melhor do mundo, Alexia Putellas, é uma das candidatas a craque. Foto: Linder Panarby / AFP / CP

Grupo C

Em condições normais de temperatura e pressão, a Espanha seria a grande favorita do Grupo C. A questão é saber como a equipe vai lidar com uma instabilidade fora de campo que remonta ao ano passado. Na ocasião, várias jogadoras se rebelaram contra a Federação e afirmaram que abririam mão da convocação até que houvesse mudanças significativas na entidade, além da saída do técnico Jorge Vilda. Houve reconciliação com parte do elenco, mas muitos destaques, como Mapi Leon, Patri Guijarro e Claudia Pina seguiram de fora e não vão à Copa. Ainda assim, as espanholas contam com a melhor jogador do mundo da atualidade, a meia-atacante Alexia Putellas, do Barcelona, Bola de Ouro e Melhor do Mundo da Fifa nos últimos dois anos. O Japão aposta suas fichas na atacante Maika Hamano, e pode aparecer como a segunda força da chave, posto que disputa com a Costa Rica. A Zâmbia, por sua vez, vai para a sua primeira Copa.

A jovem haitiana Melchie Dumornay é esperança do país. Foto: Jung Yeo-Lee / AFP / CP

Grupo D

Fosse a Copa disputada há um ano e a Inglaterra navegaria tranquila no favoritismo no Grupo D. O problema é que as campeãs da Euro 2022 passaram por uma série de problemas desde então. A começar pelas aposentadorias de duas jogadoras emblemáticas: Jill Scott e Ellen White. De quebra, ainda perderam para o Mundial de 2023, por lesão, Beth Mead, melhor jogadora da Euro, e a capitã Leah Williamsom. As ausências ficaram visíveis quando as inglesas, em abril deste ano, perderam para a Austrália, pondo fim a uma invencibilidade de 30 jogos. Desta forma, a Inglaterra é a melhor aposta do grupo, mas já foi um palpite bem mais seguro. Dinamarca e China, respectivamente 13ª e 14ª no ranking da Fifa, devem briga pela segunda vaga nas oitavas de final. O grupo é completado ainda pela seleção do Haiti, que precisou da repescagem para levar o país ao Mundial pela primeira vez. O destaque é a jovem Melchie Dumornay, de 19 anos.

Grupo E

Quatro vezes campeã do mundo, atual bicampeã, quatro ouros olímpicos. Razões para definir a seleção dos Estados Unidos como a favorita não apenas para avançar no Grupo E, como também para voltar para casa com o título não faltam. Por outro lado, o técnico Vlatko Andonovski sabe que qualquer eliminação antes da semifinal do torneio será considerada um vexame. Nomes para brigar pelo taça não faltam entre as norte-americanas: Sophia Smith, Alex Morgan, Rose Lavelle, Lindsey Horan, além da experiente Megan Rapinoe, de 37 anos, que vem de uma lesão na panturrilha. A segunda força da chave é a Holanda, justamente a adversária dos Estados Unidos na final da Copa de 2019, quando perdeu por 2 a 0. O grupo tem ainda correndo por fora duas estreantes em Copa do Mundo: Portugal, que vem com um crescimento constante nos últimos anos, e Vietnã, que aposta em um elenco com atletas que atuam no próprio país.

A experiente Rapinoe seguirá na Seleção dos EUA. Foto: Philippe Desmazes / AFP / CP

Grupo G

Ao lado de outras seis seleções, entre elas o Brasil, a Suécia esteve em todas as edições da Copa. No entanto, nunca passou do terceiro lugar. Nada indica que o título venha em 2023, mas a classificação às oitavas de final é quase uma certeza para as suecas, que têm como um dos seus principais nomes Fridolina Rolfö, do Barcelona. O ritmo de jogo da capitã Caroline Seger, no entanto, ainda suscita dúvidas, uma vez que ela não atuou nem 120 minutos pelo seu time, o FC Rosengärd, na temporada. O Grupo G conta ainda com a Itália, que vem embalada e confiante após uma excelente campanha nas Eliminatórias, com nove vitórias e apenas uma derrota. A artilheira do time é Cristina Girelli, da Juventus. Se no masculino, a Argentina foi campeã do mundo no ano passado, no feminino, caso chegue às oitavas, já terá sido sua melhor campanha, algo que não ocorreu nas outras três oportunidades. A chave tem ainda a África do Sul, campeã africana em 2022.


Alemanha enfrenta uma renovação de geração. Foto: Christof Stache / AFP / CP

Grupo H

Bicampeã, a Alemanha era a força a ser batida no futebol feminino no início dos anos 2000. No entanto, de lá para cá a melhor colocação foi um quarto lugar no Mundial de 2015, no Canadá. Vice campeã na Euro de 2022, teve uma classificação tranquila nas Eliminatórias. No entanto, os resultados de 2023 levantaram algumas dúvidas sobre o time que conta com as artilheiras Lea Schüller e Alexandra Popp. Além de uma inesperada derrota para a Zâmbia, foram apenas duas vitórias em cinco jogos na temporada. Mesmo assim, surge como favorita no grupo para ir às oitavas. Em 17º no ranking da Fifa, a Coreia do Sul vai para a sua terceira Copa consecutiva, mas ainda sofrem com problemas na defesa, seguidamente vazada. A Colômbia, por outro lado, baseia sua esperança no desempenho ofensivo – têm marcado em todos os jogos, ainda que nem sempre vencido. O azarão da chave é Marrocos, que tem como destaque a atacante Rosella Ayane.

* Sob supervisão de Carlos Corrêa


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