Copa do Mundo ignora a pandemia e visitantes não precisam respeitar nenhum protocolo contra a Covid

Copa do Mundo ignora a pandemia e visitantes não precisam respeitar nenhum protocolo contra a Covid

Nem mesmo é necessário fazer um registro prévio no aplicativo de saúde do governo catari

R7

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As subvariantes da ômicron estão sendo apontadas como as responsáveis pelo aumento mundial de casos de infectados com a Covid-19. No entanto, a pandemia parece não levar nenhuma preocupação para a Fifa ou para os organizadores da Copa do Mundo no Catar. 

Desde o dia 1º de novembro, nenhum visitante precisa apresentar exame PCR negativo de Covid nem testes de antígeno do coronavírus e comprovante de vacinação para entrar no país árabe. Nem mesmo é necessário fazer um registro prévio no aplicativo de saúde do governo catari – Ehteraz –, o que era necessário até o fim de outubro para fazer o rastreamento de novos casos e possíveis contatos. 

Entre as medidas não farmacológicas, o uso de máscara também é completamente ignorado. O empresário Ricardo Barreto, que viajou para o Catar para ver a estreia do Brasil na Copa do Mundo e retornou ao país, explica que em nenhum momento foi solicitado a adotar medidas de precaução. 

"Nos hotéis e aeroportos em Doha não exigem o uso de máscara nem para o embarque, nem para circulação nos ambientes", diz ele, que acrescenta que a situação é a mesma nos locais oficiais da Copa do Mundo. 

"Na entrada dos estádios e em nenhum ponto turístico é solicitado o comprovante de vacinação ou o teste negativado de Covid-19. Nos espaços que são usados para a Copa do Mundo não é exigido o uso da máscara."

Isso pode ser constatado por meio das fotos e imagens dos torcedores nas arquibancadas dos estádios no Catar, onde não é registrado ninguém com o uso de EPIs (equipamentos de proteção individual). 

A única coisa que lembra a pandemia, que ainda é enfrentada no mundo todo, são os frascos de álcool gel espalhados. "O único 'vestígio' que se tem da doença são os potes com álcool em gel, disponíveis para os torcedores nos banheiros, lounges e arredores dos estádios", diz Barreto.

De acordo com o governo do Catar, o país tem total controle da pandemia. Porém, já foram notificados casos de pessoas conhecidas, como Ronaldo, ex-jogador da seleção brasileira, e Galvão Bueno, jornalista e narrador de futebol. 

Estado gripal da seleção

Entre ontem e hoje a preocupação com a Covid surgiu mais intensamente na Seleção Brasileira, uma vez que ao menos quatro jogadores tiveram algum sintoma gripal nos últimos dias: Neymar, Paquetá, Alisson e Antony. 

Os dirigentes e médicos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) tranquilizaram os torcedores e descartaram a infecção por Covid-19. De acordo com eles, as condições dos jogadores são resultado da diferença de temperatura entre os lugares abertos e fechados — com ar-condicionado. 

“Não passou nem perto essa questão de fazer teste de Covid-19”, disse o coordenador da Seleção Brasileira, Juninho Paulista. Em recuperação de lesão ligamentar no tornozelo direito, Neymar teve febre no dia da partida do Brasil contra a Suíça, mas já está bem. “O Neymar apresentou um episódio de febre que já está controlado. Isso não interfere no seu processo de recuperação do tornozelo”, disse o médico da seleção, Rodrigo Lasmar.

O Comitê Organizador da Copa do Mundo disse que não houve jogadores com exame positivo para a doença. O protocolo da Fifa exige que, em caso de infectado, o atleta ou membro da delegação deve ficar isolado por cinco dias e refazer o teste. Se der negativo, a pessoa está liberada para voltar a conviver em grupo e atuar normalmente, caso seja um jogador.


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