Copa termina com segunda pior média de gols da história
Espanha tornou-se a seleção campeã com menor número de gols marcados ao longo de um Mundial
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Criticada por diversos jogadores - sobretudo os goleiros -, a bola Jabulani não conseguiu ajudar os atacantes a estancarem um franco processo de declínio de gols. Se em 1990 foi obtida a pior média da história, a Copa de 1994, nos Estados Unidos, com 141 gols em 52 jogos, viu o índice saltar para 2,7. Desde então, o número só caiu: 2,67 em 1998; 2,5 em 2002, e 2,29 em 2006.
A média de gols por partida não é o único indicador evidente da preponderância das defesas sobre o poderio ofensivo das seleções. A Espanha conseguiu o título com a melhor defesa do torneio - só dois gols sofridos: um para a Suíça, em sua única derrota, e outro para o Chile. A campanha iguala o feito da Itália, campeã em 2006, que também levantou a taça só tendo sido vazada por duas vezes ao longo de todo o torneio.
A Fúria também ostenta outra marca histórica, esta pouco honrosa: foi a seleção campeã com o menor número de gols marcados. Foram oito ao todo; à exceção da primeira fase, a equipe venceu todas as partidas pelo placar mínimo de 1 a 0. Até então, três equipes campeãs dividiam a marca, com apenas 11 gols marcados: a Itália de 1938, a Inglaterra de 1966 (ambas em seis jogos, quando a Copa tinha menos participantes) e o Brasil tetracampeão de 1994.
Fica, ao fim do torneio, uma constatação algo surpreendente: a Espanha, que chegou à Copa do Mundo festejada pelo poderio de seus atacantes, foi premiada, sobretudo, pela solidez irrepreensível de seu sistema defensivo.
Confira no gráfico abaixo as informações de todas as seleções e muito mais: