Dinamarca não se calará sobre situação dos direitos humanos no Catar, diz técnico

Dinamarca não se calará sobre situação dos direitos humanos no Catar, diz técnico

O país escandinavo tem sido um dos maiores opositores à realização da competição no Catar

AFP

Kasper Hjulmand, técnico da Dinamarca

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O técnico da Dinamarca, Hasper Hjulmand, indicou nesta sexta-feira (18) que sua equipe não se calará sobre a situação dos direitos humanos no Catar, ao mesmo tempo em que acredita que o torneio pode gerar uma grande reforma no futebol.

A Fifa rejeitou na semana passada um pedido da Dinamarca para usar camisas de treino com o slogan "Direitos Humanos para Todos" no Catar. Segundo a entidade, trata-se de uma mensagem política, o que é proibido.

O país escandinavo tem sido um dos maiores opositores à realização da competição no Catar, devido ao seu histórico de direitos humanos, razão pela qual o governo e a família real da Dinamarca descartaram comparecer aos jogos.

Hjulmand minimizou a proibição da camisa antes de uma sessão de treinamento para a estreia da Dinamarca contra a Tunísia, dizendo que "há maneiras diferentes de fazer as coisas".

"Sim. Poderíamos usar uma camisa, mas também há um trabalho duro por trás que a gente não vê", disse. "Não estamos sendo silenciados. Há muito trabalho do lado dinamarquês, da equipe, de nosso diretor esportivo, da direção", afirmou.

"Existem muitas maneiras de tentar mudar as coisas e esperamos não estar nesta situação novamente", acrescentou.

A Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU) tem sido uma dura crítica desde que o Catar foi escolhido para sediar a Copa do Mundo em 2010.

Os dinamarqueses estiveram na linha de frente nos últimos meses exigindo mais direitos para os trabalhadores imigrantes e a comunidade LGBT+ no emirado.

Hjulmand disse ter "dois sonhos" sobre o que o protesto pode alcançar. "Um sonho é que os órgãos dirigentes do futebol, e talvez do esporte em geral, tenham pessoas mais progressistas, mais jovens e mais diversificadas nos locais onde as decisões são tomadas", disse.

"A segunda parte é que tenhamos mais empatia no mundo, que escutemos e tentemos entender as outras pessoas", completou.

Por sua vez, o zagueiro dinamarquês Rasmus Kristensen, do Leeds United, revelou que os jogadores apoiaram o protesto do DBU.

Kristensen enfatizou que era "uma pena" que eles não pudessem usar as camisetas de treino a favor dos direitos humanos. "Aparentemente são as regras da Fifa", disse Kristensen, acrescentando que "veremos" quando perguntado se os jogadores estão planejando outras propostas.

"É possível discordar e acho que a gente discorda", concluiu o jogador.


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